Prescrições para o ensino remoto emergencial: análise de parecer do CNE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644468539

Palavras-chave:

Ensino Remoto Emergencial, Currículo, Educação Básica

Resumo

O ensino remoto emergencial na educação básica foi adotado, no Brasil, no ano de 2020, devido à suspensão das aulas presenciais, como decorrência da pandemia por COVID-19. Essa modalidade de ensino foi regulamentada por pareceres do Conselho Nacional de Educação (CNE) e das secretarias estaduais de ensino. Este artigo tem como objetivo analisar prescrições para o funcionamento de escolas desse nível da educação, tendo como foco os conceitos de ensino remoto emergencial e currículo. Para isso, foi realizado um estudo documental do parecer 05/2020 do CNE. A análise de dados revelou que do documento emana um currículo de perspectiva tradicional, voltado para a aplicação BNCC, desconsiderando o contexto pandêmico. Além disso, as prescrições apontam para dois movimentos – ancoramento e afastamento – que tentam, de um lado, aproximar do cotidiano escolar novos elementos, como plataformas e redes sociais, ao mesmo tempo que indicam a manutenção de práticas e rotinas próprias da modalidade presencial de ensino, como planejamento focado no cronograma e a realização de atividades de avaliação.

Biografia do Autor

Denise Lino de Araújo, Federal University of Campina Grande

Unidade Acadêmica de Letras

Programa de Pós-graduação em Linguagem e Ensino

Diego Andrade Silva, Federal University of Campina Grande

Bolsista CNPq/PIBIC

Universidade Federal de Campina Grande

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Publicado

2023-06-20

Como Citar

Araújo, D. L. de, & Silva, D. A. (2023). Prescrições para o ensino remoto emergencial: análise de parecer do CNE. Educação, 48(1), e57/1–25. https://doi.org/10.5902/1984644468539