Saúde e adoecimento de professores universitários: uma revisão integrativa de teses e dissertações produzidas no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644453279

Palavras-chave:

Professor universitário, Saúde docente, Adoecimento docente.

Resumo

A saúde dos professores universitários se tornou objeto de investigação nos últimos anos tendo em vista o aumento crescente do adoecimento dessa categoria profissional. Com o objetivo de mapear, analisar, sintetizar e integrar o conhecimento produzido sobre o processo de saúde-adoecimento, realizou-se um levantamento das dissertações e teses produzidas sobre a temática nos últimos 20 anos. Foram localizados 72 trabalhos (16 teses e 56 dissertações), no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CTD/CAPES), com as palavras-chave “saúde dos professores” e “adoecimento de professores”. Desses trabalhos foram selecionados para análise 19 estudos (10 dissertações e 9 teses) que tinham como sujeitos os professores universitários.  Conclui-se que a temática da saúde e adoecimento dos professores universitários ainda é pouco investigada, que os estudos priorizam o adoecimento e não a saúde, e que as condições de trabalho são as principais causas apontadas para o adoecimento.

Biografia do Autor

Flavinês Rebolo, Universidade Católica Dom Bosco

Flavinês Rebolo. Formada em Psicologia, com mestrado e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo – USP, Brasil. Professora e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado, na Universidade Católica Dom Bosco - UCDB

Sônia da Cunha Urt, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Professora dos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

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Publicado

2022-08-02

Como Citar

Rebolo, F., & Urt, S. da C. (2022). Saúde e adoecimento de professores universitários: uma revisão integrativa de teses e dissertações produzidas no Brasil. Educação, 47(1), e70/ 1–27. https://doi.org/10.5902/1984644453279