Práticas de Gênero em uma Universidade: um estudo arquivístico
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644448314Palavras-chave:
Genealogia, Arquivo, Práticas de GêneroResumo
Este artigo é o recorte de uma dissertação de Mestrado em Ensino que teve apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior - CAPES - e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul - FAPERGS -. A dissertação “Práticas de Gênero do Currículo da Univates: uma perspectiva arquivística e imoralista” partiu da questão: de que modo o currículo da Universidade do Vale do Taquari – Univates vem performando práticas de gênero? No referido artigo, buscou-se apresentar o aporte conceitual-metodológico da pesquisa, cuja abordagem arqueogenealógica tomou, por uma via, os estudos de Michel Foucault (2009; 2013) em torno da noção de arquivo e, por outra, a noção de performatividade de gênero de Judith Butler (2017). O arquivo das práticas de gênero da Universidade do Vale do Taquari - Univates foi produzido de modo localizado, de maneira que se tomou os documentos gerados pela instituição como condições de possibilidade para a emergência de práticas de gênero. Destaca-se que tais práticas só foram possíveis em um tempo-espaço no qual há diversos conflitos/disputas em torno das políticas afirmativas atinentes a essa secção. Como resultados foram visibilizadas nove práticas de gênero na instituição investigada, as quais mostram um processo de tensionamento da performatividade de gênero por parte da própria Universidade.
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