A produção escrita e a formação de professores
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644430978Palavras-chave:
Escrita, Form ação de professores, Autoria.Resumo
Este artigo trata da escrita como experiência de formação para estudantes e professores. Historicamente a escola assumiu como suas funções ensinar a ler e a escrever, com o passar do tempo privilegiou a leitura em detrimento da escrita, o que faz com que saiamos dela sem experiências mais significativas ou com habilidade de escrever. A investigação que originou este artigo é de natureza teórico-bibliográfica, de cunho qualitativo. A incursão na literatura permitiu encontrar autores para amparar teoricamente a reflexão e a interpretação da temática proposta. A interlocução com obras de estudiosos como Barthes, Marques, Bianchetti, Machado, possibilitou o aprofundamento a respeito do escrever como prática de conhecimento e autoria, bem como alçar questionamentos e construir argumentos em favor da escrita e sua relação com a formação de professores. As descobertas permitem afirmar que a escrita é secundarizada na escola e que os professores, em sua grande maioria, temem-na e não a utilizam como experiência para a sua formação e a formação dos estudantes. A escrita pode ser um recurso poderoso em favor da inclusão e do empoderamento político, no entanto, o estranhamento em relação a ela faz com que se percam oportunidades de crescimento pessoal e de expressão de ideias.Referências
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