Exceções e veredas: as ocupações como acontecimento e experiência no Brasil do nosso tempo

Autores

  • Eduardo Rebuá Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ] - Adjunto - Graduação História Universidade Católica de Petrópólis [UCP] - Adjunto - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Universidade Federal Fluminense [UFF] - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644427936

Palavras-chave:

Ocupações, Acontecimento, Experiência.

Resumo

Pensar a articulação cultura, política e educação no atual cenário social brasileiro significa o manejo sensível de categorias, conceitos, mas sobretudo de matizes ontológicos e éticos, que se não representam fotografias micro da totalidade - exercício impossível se entendemos o real como síntese de variados processos e sentidos -, permitem analisar com mais acuidade e aproximação concreta alguns dos fenômenos mais significativos do Brasil contemporâneo. Neste movimento em busca de novas estruturas de sentimento político, ainda que se hibridizem com velhas morfologias da resistência, temos como objetivo compreender o crescimento, desde Junho (2013), das ocupações de escolas e universidades públicas, bem como de espaços urbanos, notadamente pelos sem teto, apresentam questões, ensaios de experiência, epistemes e encaminhamentos materiais e simbólicos capazes de mobilizar setores da intelectualidade e das lutas sociais menos a partir do par conforto/certeza e mais por conta do deslocamento e da mobilização que esta práxis político-pedagógica engendra. Nosso lastro teórico-metodológico-analítico vale-se sobretudo da contribuição do materialismo histórico, com uma dupla articulação: o conceito de acontecimento em Slavoj Žižek e o de experiência (Erfahrung) em Walter Benjamin, objetivando compreender as ocupações como veredas políticas sob circunstâncias e estruturas cotidianas de exceção.

 

Biografia do Autor

Eduardo Rebuá, Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ] - Adjunto - Graduação História Universidade Católica de Petrópólis [UCP] - Adjunto - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Universidade Federal Fluminense [UFF] - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação

Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro [UERJ - Faculdade de Formação de Professores], no Departamento de Ciências Humanas, curso de graduação em História. Professor Adjunto da Universidade Católica de Petrópolis [UCP], na Pós-Graduação Stricto Sensu [Mestrado e Doutorado] em Educação e na graduação de Pedagogia. Professor Adjunto Credenciado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense [PPGE - UFF], na linha de Filosofia, Estética e Sociedade. Coordenador do Observatório de História, Educação e Cultura [HECO] do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Católica de Petrópolis [UCP], vinculado ao Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Coordena a pesquisa A Educação Disputada: democracia e sentidos do público no Brasil contemporâneo, com Bolsista de Iniciação Científica pela FAPERJ. Bacharel e licenciado em História pela UFF [2008], com Bolsa de Iniciação Científica CNPq. Mestre em Educação pela UERJ [2011], com Bolsa CNPq. Doutor em Educação pela UFF [2015], com Bolsa Capes. Pesquisador desde 2012 do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Filosofia, Política e Educação [NUFIPE - UFF], coordenado pelo professor Dr. Giovanni Semeraro. Tem experiência de dez anos como professor, na Educação Básica (segmentos fundamental e médio), nas redes pública e privada; em Pré-vestibulares; no Ensino Superior (graduação e pós-graduação), como professor substituto de universidades públicas, como docente de universidades privadas e como professor efetivo na universidade pública. Professor nas graduações de Pedagogia, História, Serviço Social e nas pós-graduações de Sociologia (lato sensu) e Educação (stricto sensu).

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Publicado

2017-12-28

Como Citar

Rebuá, E. (2017). Exceções e veredas: as ocupações como acontecimento e experiência no Brasil do nosso tempo. Educação, 42(3), 751–764. https://doi.org/10.5902/1984644427936

Edição

Educação, v. 42, n. 3, set./dez. 2017

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