Interferência no par linguístico português-espanhol: o caso da flexão
DOI :
https://doi.org/10.5902/2176148571463Mots-clés :
Contato linguístico, Interferência linguística, Português como língua estrangeiraRésumé
O objetivo deste artigo é analisar as interferências presentes em redações escritas por venezuelanos aprendizes de português. Weinreich (1974 [1953]) define interferência como a influência de uma língua A sobre uma língua B, que resulta em estruturas que não pertencem ao sistema gramatical de nenhuma das línguas envolvidas. A coleta de dados ocorreu entre 2015 e 2017 em um curso de português como língua estrangeira na fronteira Brasil/Venezuela. O corpus foi composto por 47 redações escritas por 23 estudantes venezuelanos. Do ponto de vista linguístico, a interferência flexional é a mais recorrente, com 92 ocorrências.
Téléchargements
Références
ALTAMIRANO ROBLES, Ana María del Pilar. Interferências linguísticas e interlíngua: a aprendizagem de Português Língua Estrangeira por peruanos hispanofalantes. 2016. 162 f. Dissertação (Mestrado em Linguística e Língua Portuguesa) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2016.
AULETE, Caldas. Aulete digital. Disponível em http://www.aulete.com.br/. Acesso em: 20 jan. 2020.
BAGNO, Marcos. Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola, 2017.
BARBOSA, Juliana Bertucci. Tenho feito / Fiz a tese: uma proposta de caracterização do Pretérito Perfeito no Português. 2008. 280f. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2008.
BARBOSA, Juliana Bertucci. Os tempos do pretérito no português brasileiro: perfeito simples e perfeito composto. 2003. 115f. Dissertação (Mestrado em Linguística e Língua Portuguesa) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2003.
BRASIL. Comissão permanente para o desenvolvimento e a integração da faixa de fronteira (CDIF). Disponível em: https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/desenvolvimento-regional/comissao-permanente-para-o-desenvolvimento-e-a-integracao-da-faixa-de-fronteira Acesso em: 5 dez. 2023.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades e Estados. Disponível em https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados.html Acesso em: 17 mar. 2019.
CÂMARA JR., José Mattoso. Dicionário de linguística. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1986.
COUTO, Hildo Honório do. Introdução ao estudo das línguas crioulas e pidgins. Brasília: EdUnB, 1996.
DAVIES, Mark; BYU. Corpus do Português (NOW 2012 – o mês passado; 1,1 bilhão de palavra). Disponível em http://www.corpusdoportugues.org. Acesso em: 29 jan. 2020.
DAVIES, Mark; BYU. Corpus del Español (NOW 2012 – el mes pasado; 5.100 milhões de palavras). Disponível em https://www.corpusdelespanol.org. Acesso em: 29 jan. 2020.
DROSDOWSKI, Günther; EISENBERG, Peter. Duden: Die Grammatik. Vol. 4. Alemanha: Mannheim; Wien, Zürich, 2009.,
JARA YUPANQUI, Ileana Margarita. El perfecto en el español de Lima: Variación y cambio en situación de contacto linguístico. Peru: Fondo editorial. 2013.
MASIP, Vicente. Gramática española para brasileños: fonología, ortografía y morfosintaxis. São Paulo: Parábola, 2010.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Tratado de limites e navegação fluvial Brasil / Venezuela. Disponível em https://sistemas.mre.gov.br/kitweb/datafiles/Pcdl/pt-br/file/Fronteiras/Venezuela/4_1%20-%20Tratado%20de%20Limites.pdf Acesso em: 18 mar. 2019.
MONTEIRO, José Lemos. Morfologia portuguesa. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: Pontes, 2002.
MOTA, Fabricio Paiva. Interferências linguísticas em produções textuais de venezuelanos aprendizes de português como língua estrangeira. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 14, n. 2, p. 675–701, 2020a. DOI: 10.14393/DL42-v14n2a2020-13. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/49180. Acesso em: 24 out. 2023.
MOTA, Fabricio Paiva. A interferência linguística em redações de venezuelanos estudantes de português na fronteira Brasil/Venezuela. 2020. 185 f. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Araraquara, Araraquara, 2020b.
PAYNE, Thomas E. Understanding English grammar: a linguistic introduction. Inglaterra: Cambridge University Press, 2011.
PEREYRON, Letícia; ALVES, Ubiratã Kickhöfel. A aquisição do sistema vocálico do português por falantes nativos da variedade rio-platense de espanhol: uma discussão sobre a bidirecionalidade da transferência vocálica. Domínios de Linguagem, v. 10, n. 2, p. 616-645, 27 jun. 2016.
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Diccionario de la lengua española. Disponível em https://www.rae.es/ Acesso em 20 jan. 2020.
SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. São Paulo: Contexto, 1999.
VENEZUELA. Instituto Nacional de Estadísticas. Disponível em http://www.ine.gov.ve/ Acesso em 13 abr. 2019.
VOEGELIN, Charles Frederick; HARRIS, Zelig Sabbetai. Methods for determining intelligibility among dialects of natural languages. Proceedings of the American Philosophical Society, v. 95, n. 3, jun. 12, 1951. p. 322-329.
WEINREICH, Uriel. Languages in contact: finding and problems. The Hague: Mouton, 1953.
WEINREICH, Uriel. Lenguas en contacto: descubrimientos y problemas. Caracas: Ediciones de la Biblioteca de la Universidad Central de Venezuela, 1974.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Letras 2023
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Ficam concedidos a Letras todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os originais não devem ter sido publicados ou submetidos simultaneamente a outro periódico e não serão devolvidos. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais.