Gramática na sala de aula: algumas reflexões sobre o ensino dos substantivos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148537990

Palabras clave:

Substantivos (nomes), Materiais didáticos, Ensino de gramática, Aula de português

Resumen

Inscrito na Didática de Línguas e na Linguística Aplicada, o artigo discute o tratamento dos substantivos em materiais didáticos e aulas de português. A reflexão central, baseada em Bagno (2010, 2011), Givón (2012), Perini (2010) e Neves (2012), parte do pressuposto da necessidade de compreender os nomes pelo enfoque morfológico-sintático-semântico e textual-discursivo no processo de ensino-aprendizagem de língua materna. As análises indicaram: relação tensa entre a utilização dos textos para ensino dos substantivos nos materiais impressos; e conflitos no currículo do cotidiano entre o discurso da tradição e da inovação para ensinar/avaliar tais conhecimentos gramaticais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Clecio dos Santos Bunzen, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (2002) e mestrado (2005) e doutorado (2009) em Lingüística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente, é professor do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino (DMTE) da Universidade Federal de Pernambuco.

Glaúcia Renata Pereira do Nascimento, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

Mestre e doutora em Letras na área de concentração em Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco, Gláucia é Professora Associada de Língua Portuguesa do Centro de Artes e Comunicação da UFPE.

Citas

ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007, p. 165.

ANTUNES, Irandé. Gramática contextualizada: limpando “o pó das ideias simpes”. São Paulo: Parábola, 2014, p. 158.

AUROUX, Sylvain. A Filosofia da Linguagem. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1998, p.499.

BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007, p.240.

BAGNO, Marcos. Gramática: passado, presente e futuro. Curitiba: Aymará, 2009, p.176.

BAGNO, Marcos. Gramática, para que te quero? Os conhecimentos linguísticos nos livros didáticos de português. Curitiba: Aymará, 2010, p.222.

BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2011, p.1056.

BAKHTIN, Mikhail. Questões de estilística no ensino de língua. São Paulo: Editora 34, [1940] 2013, p.119.

BATISTA, Antonio Augusto. Aula de Português: discurso de saberes escolares. São Paulo: Martins Fontes, 1997, p.143.

BRASIL/ SEMTEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília, DF: MEC/SEMTEC, 1999, p.99.

BUNZEN, Clecio. A fabricação da disciplina escolar Português. In: Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 11, n. 34, p. 885-911, set./dez. 2011.

BUNZEN, Clecio; HEINIG, Otília; DICKEL, Adriana. Processos discursivos de sistematização sobre a linguagem escrita em turmas de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. Projeto de Pesquisa, CNPq, 2015.

CAMACHO, Roberto Gomes; DALL’AGLIO-HATTNHER, Marize Mattos; GONÇALVES, Sebastião Carlos. O substantivo. In: ILARI, Rodolfo (organizador). Gramática do português culto falado no Brasil. Volume III: palavras de classe aberta. São Paulo: Contexto, 2014. p. 13-63.

FRANCHI, Carlos. Criatividade e gramática. São Paulo: SE/CENP, 1991, p.26.

GERALDI, João Wanderley. Portos de Passagem. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p.252.

GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas: ALB/Mercado de Letras, 1996, p.150.

GERALDI, João Wanderley. Deslocamentos no ensino: de objetos a práticas; de práticas a objetos. In: A aula como acontecimento. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010, p.71-80.

GIVÓN, Talmy. A compreensão da gramática. São Paulo: Cortez; Natal: EDUFRN, 2012, p.488.

HALTÉ, Jean-François. O espaço didático e a transposição. In: Fórum Linguístico. V.5, nº 02, 2008, p. 117-138. DOI: https://doi.org/10.5007/1984--8412.2008v5n2p117.

ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006, p.272.

KLEIMAN, Angela; SEPULVEDA, Cida. Oficina de gramática: metalinguagem para principiantes. Campinas, SP: Pontes, 2012, p. 170.

LAHIRE, Bernard. Escola, ação e linguagem. In: Homem Plural: os determinantes da ação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, p. 103-115.

LAJOLO, Marisa. Poesia: uma frágil vítima da escola. In: Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 3. ed. São Paulo: Ática, 1994, p.41-51.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. A gramática e o ensino de língua no contexto da investigação linguística, 1998 (mimeo), p.32.

MEDEIROS, Rejane. Gramática e texto literário em livros escolares de Português da primeira metade do século XX. Dissertação de Mestrado. São Carlos: PPGL/UFSCar, 2015, p. 164.

MILIAN, Marta. CAMPS, Anna. El razonamiento metalingüístico em el marco de secuencias didácticas de gramática (SDG). In: Anna Camps (Orgs.). Diálogo e investigaciónenlas aulas. Barcelona: Editora GRAÓ, 2006, p.25-54.

MENDONÇA, Márcia. Análise Linguística no Ensino Médio: um novo olhar, um outro objeto. In: Clecio Bunzen e Márcia Mendonça (Orgs). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo. Parábola Editorial, 2006, p.199-226.

MONTEIRO, José Lemos. Morfologia portuguesa. 4. ed. Campinas: Pontes, 2002, p.256.

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática na escola. São Paulo: Contexto, 1994, p.70.

NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2003, p.155.

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do português. 2ª ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011, p.1008.

PERINI, Mário. Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2010, p.366.

PINHEIRO, José Helder. Abordagem do poema: roteiro de um desencontro In: Ângela Dionísio e Maria Auxiliadora Bezerra (Orgs). O livro didático de português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001, p.60-72.

PINILLA, Maria da Aparecida. Classes de palavras. In: Silvia Vieira e Silvia Brandão (Orgs.) Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2009, p.169-183.

POSSENTI, Sírio. Gramática na escola: de que se trata, afinal? In: Véronique Dahlet (Org.) Ciências da linguagem e didática das línguas. São Paulo: Humanitas, Fapesp, 2011, p.297-306.

SUASSUNA, Lívia. Ensino de língua portuguesa: os gêneros textuais e a “ortodoxia escolar”. In: Zozzoli e Oliveira (Orgs.) Leitura, escrita e ensino.Macéio: EDUFAL, 2008, p.111-136.

VIEIRA, Francisco Eduardo. Gramáticas brasileiras contemporâneas do português: movimentos de rupturas e linhas de continuidade com o paradigma tradicional de gramatização. Tese de Doutorado. Recife: PPGL/UFPE, 2015, p.446.

VYGOTSKY, Liev. A Formação Social da Mente. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p.191.

Publicado

2019-09-27

Cómo citar

Bunzen, C. dos S., & Nascimento, G. R. P. do. (2019). Gramática na sala de aula: algumas reflexões sobre o ensino dos substantivos. Letras, (58), 249–276. https://doi.org/10.5902/2176148537990

Artículos más leídos del mismo autor/a