Luís Fernando Veríssimo, the Shakespearean, and his Twelfth Night

Authors

  • Elizabeth Ramos Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148564669

Keywords:

William Shakespeare, Luís Fernando Verissimo, Twelfth Night, A décima segunda noite

Abstract

Towards the end of the sixteenth century, William Shakespeare wrote, in addition to other dramas, three comedies, which explore the inebriating and complicated experience of being in love - Much ado about nothing (1598), As you like it (1599-1600) e Twelfth Night (1601). In the three texts, female characters play leading roles, and become the driving force of the plot, overcoming challenges. In 2006, Editora Objetiva published the novel A décima segunda noite, by the writer, cartoonist, translator, screen play writer, and dramatist Luís Fernando Verissimo (1936-), a humorous rewriting of the Shakespearean comedy, Twelfth Nightor What you Will. The new text confirms the relevance of the female characters of the English comedy, and allows the reader to enjoy the mixed identities by means of gender disguising. That fifth novel by the gaucho writer is the second one in the collection ‘Devouring Shakespeare’, which intended to publish recreations of the English dramatist’s works. Here, in a movement of convergence of two of his passions – both the French capital and the English playwright’s production – Veríssimo shifts the Illyria in the Balkans, to the city of Paris in the 1970s, where the hybrid is built, and the cross roads of places truly lived in by different people coming form various social backgrounds get together by means of a feeling of group solidarity proper to the condition of the exile. Sensitively and in an intelligent manner, the writer inserts in his text a particular narrator: Henry, the parrot, who builds his narrative from the perch, where he is placed, in Ilíria, a beauty saloon owned by Orsino.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Elizabeth Ramos, Universidade Federal da Bahia

Elizabeth Ramos iniciou seu envolvimento com os Estudos da Tradução, na década de 1990, pesquisando a transculturação de termos culturais específicos presentes na obra de Graciliano Ramos. A investigação evoluiu para um estudo no campo da literatura comparada, detendo-se sobre a tradução das metáfora de errância nos romances Vidas secas e The Grapes of Wrath, de John Steinbeck, estudo concretizado na tese de doutorado, Vidas Secas e The Grapes of Wrath – o implícito metafórico e sua tradução, defendida em 1999.  Os quase dez anos de pesquisa sobre a tradução da narrativa do escritor alagoano resultaram no aprofundamento dos recursos de representação da natureza humana, observação essa que, naturalmente, evoluiu para os estudos shakespearianos. Na condição de docente no Instituto de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura, na Universidade Federal da Bahia, desde 2006, Elizabeth Ramos segue liderando vários projetos de pesquisa e conduzindo inúmeras orientações de dissertações de mestrado e teses de doutorado, que contemplam traduções e adaptações da produção do dramaturgo inglês. Os estudos foram consolidados, na carreira da pesquisadora, quando do seu estágio de Pós-Doutorado na Universidade de São Paulo (USP), em 2014, ocasião em que desenvolveu pesquisa sobre a tradução da obscenidade para a língua portuguesa do Brasil, focalizando, em particular, a comédia shakespeariana.

References

BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre litera-

tura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 197-221.

CAMPOS, Haroldo. Da razão antropofágica: diálogo e diferença na cultura brasileira. In: Metalinguagem e outras metas: ensaios de

teoria e crítica literária. São Paulo: Perspectiva, 1992.

CANCLINI, Néstor Garcia. culturas híbridas. Trad.: Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: Edusp, 2008.

KERMODE, Frank. A linguagem de shakespeare. Tradução de Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Record, 2006.

RODRIGUES, Cristina Carneiro. Tradução e diferença. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

SAID, Edward. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

SANTIAGO, Silviano. O narrador pós-moderno. IN: nas malhas da letra: ensaios. Rio de Janeiro: Roco, 2002. p. 44-60

SHAKESPEARE, William. comédias e romances: teatro completo. Volume 2. Tradução: Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Nova

Aguilar, 2009.

SHAKESPEARE, William. Twelfth night, or What you will. IN: WELLS, Stanley; TAYLOR, Gary (ed.). The Oxford shakespeare: the com-

plete works. 2nd Ed. Oxford: Oxford University Press, 2005.

TÁPIA, Marcelo. O eco antropofágico: reflexões sobre a transcriação e a metáfora sanguíneo-canibalesca. In: TÁPIA, Marcelo.;

NÓBREGA, ThelmaMédici (Org.). Haroldo de Campos. Transcriação. São Paulo:

Perspectiva, 2013, 205-232.

TOLEDO, Roberto Pompeu. Papagaio! A tradução ornitológica da nacionalidade. Revista Piauí, outubro 2006.

VERISSIMO, Luís Fernando. A décima segunda noite. Coleção Devorando Shakespeare. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.

Published

2021-03-11 — Updated on 2022-08-01

Versions

How to Cite

Ramos, E. (2022). Luís Fernando Veríssimo, the Shakespearean, and his Twelfth Night. Letras, 39–54. https://doi.org/10.5902/2176148564669 (Original work published March 11, 2021)