Um uso muito particular do clítico se
DOI:
https://doi.org/10.5902/2176148520212Palavras-chave:
Clítico se, Artigo científico, LinguísticaSistêmico-FuncionalResumo
Neste artigo, analisa-se um conjunto de verbos cujo funcionamento ou significado varia quer ocorram com o clítico se ou não. A multiplicidade de funções, uma das características do se, é um dos problemas mais interessantes da língua portuguesa e de outras como francês, espanhol e italiano. Uma das controvérsias em torno desse clítico é a possibilidade do sujeito estar ou não indeterminado, como discutem as pesquisas de Nunes (1991), Monteiro (1994), Bagno (2000), Camacho (2002, 2003), entre outros. A base teórica, a Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY 1985, 1994; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004), tem como foco a língua em uso e permite analisar as escolhas gramaticais em textos (escritos ou falados) com base no contexto de cultura e de situação em que se realizam. A partir das condições contextuais, o falante recorre às três metafunções da linguagem, das quais a que interessa, a este artigo, é a ideacional, responsável pelo uso da língua para falar sobre o mundo, tanto externo (coisas, eventos, qualidades, etc.), como interno (pensamentos, crenças, sentimentos, etc.). Pretende-se contribuir com os estudos sobre o uso desse clítico em língua portuguesa e, também, subsidiar a elaboração de materiais didáticos e desenho de cursos instrumentais que visam atender a produção e compreensão escrita.Downloads
Referências
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