Representações infantis sobre brincar e aprender nas aulas de educação física escolar
DOI:
https://doi.org/10.5902/2316546424608Palavras-chave:
Educação física, Crianças, Brincar, AprendizagemResumo
Este estudo teve por objetivo compreender as representações de crianças pré-escolares e escolares sobre a relação entre o brincar e o aprender nas aulas de Educação Física escolar. A partir da análise das entrevistas realizadas com 106 crianças, entre 5 e 12 anos de idade, de uma escola da rede pública de ensino em Porto Alegre, constatou-se que foram conferidos diferentes sentidos à relação entre as brincadeiras realizadas nessas aulas e a aprendizagem. Enquanto que, para muitas, ao brincarem, aprendem sobre as regras de convivência social, a motricidade e o mundo imaginário, para outras, não ocorrem aprendizagens em suas brincadeiras.Downloads
Referências
AZEVEDO, O. Chegou a hora do recreio! O recreio: espaço de construção de culturas de infância. 2014. 83f. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-graduação em Estudos da Criança. Universidade do Minho, Braga, 2014.
BELLONI, M. Infância, mídias e educação: revisitando o conceito de socialização. Perspectiva, v.25, n.1, p.57-82, 2007.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Edições Câmara, 1990.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 1º set. 2013.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: conhecimento de mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.3.
BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
BROUGÈRE, G. A criança e a cultura lúdica. In: KISHIMOTO, T. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002, p.19-32.
CORSARO, W. Sociologia da Infância. Porto Alegre: Artmed, 2011.
CSIKSZENTMIHALYI, M. Fluir. Barcelona: Kairós, 2000.
DARIDO, S. Educacao Física na escola: implicações para a prática pedagógica. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2011.
DEBORTOLI, J. Com olhos de crianças: a ludicidade como dimensão fundamental da construção da linguagem e da formação humana. Licere, v. 2, n.1, p.105-117, 1999.
GLENN, N. et al. Meanings of play among children. Childhood, v.20, n.2, p.185-199, 2012.
GONDIM, S. Grupos focais como técnica de investigação qualitativa: desafios metodológicos. Paidéia, v. 12, n. 24, p.149-161, 2002.
HARRIS, P. Penser à ce qui aurait pu arriver si... Enfance, v.54, p.223-239, 2002.
KISHIMOTO, T. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 13ed. São Paulo: Cortez, 2010.
KISHIMOTO, T. Bruner e a brincadeira. In: KISHIMOTO, T. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002, p.139-151.
KRAMER, S. Crianças e adultos em diferentes contextos – desafios de um percurso de pesquisa sobre infância, cultura e formação. In: SARMENTO, M.; GOUVEA, M. (org.). Estudos da Infância: Educação e Práticas Sociais. Petrópolis: Vozes, 2008, p.163-189.
MARQUES, A. O jogo de atividade nos recreios escolares. In: CONDESSA, I.; PEREIRA,B.; CARVALHO, G. Atividade física, saúde e lazer: educar e formar. Braga: CIEC, p.81-91, 2012.
MARTINHO, L.; TALAMONI, J. Representações sobre meio ambiente de alunos da quarta série do ensino fundamental. Ciência & Educação, v.13, n.1, p.1-13, 2007.
MÉLLO, R. et al. Construcionismo, práticas discursivas e possibilidades de pesquisa em psicologia social. Psicologia e Sociedade, v.19, n.3, p.26-32, 2007.
MORENO, D. Os espaços na cidade e as origens da (i)mobilidade na infância. In: PEREIRA,B.; SILVA, A.; CARVALHO, G. Atividade física, saúde e lazer: o valor formativo do jogo e da brincadeira. Braga: CIEC, 2012, p.81-88, 2012.
MOYLES, J. A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
NEIRA, M. A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da Educação Física. Pensar a prática, v.11, n.1, p.81-89, 2008.
PALMA, M. et al. Jogos tradicionais no contexto educativo. Kinesis, v.33, n.2, p.99-113, 2015.
PEREIRA, B.; PALMA, M.; SILVA, A. Os jogos tradicionais infantis: o papel do brinquedo na construção do jogo. In: CONDESSA, I. (org). (Re)aprender a brincar: da especificidade à diversidade. Ponta Delgada: Ed. Universidade dos Açores, 2009, p. 103-115.
PIAGET. J. A formação do símbolo na criança. 4ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
SANDERS, S. Ativo para a vida: programas de movimento adequados ao desenvolvimento da criança. Porto Alegre: Artmed, 2005.
SARMENTO, M. A reinvenção do ofício de criança e de aluno. Atos de pesquisa em educação, v.6, n.3, p.581-602, 2011.
SARMENTO, M. As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª. Modernidade. In: SARMENTO, M; CERISARA, A. Crianças e miúdos. Perspectivas sócio-pedagógicas da infância e educação. Porto: Asa, 2004, p.9-34.
SARMENTO, M. Imaginário e culturas da infância. Cadernos de Educação, n.21, p.51-69, 2003.
SAYÃO, D.. Educação Física na Educação Infantil: riscos, conflitos e controvérsias. Motrivivência, ano XI, n.13, p.221-238, 1999.
SILVA, A. Jogos, brinquedos e brincadeiras: trajectos intergeracionais: Vila Verde: ATAHCA, 2011.
SILVA, A. Crianças, escola, recreação e lazer: uma relação inquietante. In: PEREIRA, B., SILVA, A., CARVALHO, G. Atividade física, saúde e lazer: o valor formativo do jogo e da brincadeira. Braga: Universidade do Minho, 2008, p.11-26.
SILVA, J.; SAMPAIO, T. Jogos tradicionais: reprodução, ampliação, transformação e criação da cultura corporal do movimento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.19, n.1, p.72-86, 2011.
SIMÃO, M.; GOMES-DA-SILVA, E. Pesquisa com crianças na Educação Física: questões teóricas e desafios metodológicos. Inter-Ação, v.33, n.2, p.395-416, 2008.
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos das Crianças. 1959. Disponível em: <http://www.ie.uminho.pt/Uploads/NEDH/declaracao_universal_direitos_crianca.pdf>. Acesso em: 30 out. 2014.
UNICEF. A Convenção sobre os Direitos da Criança. 1989. Disponível em:
<http://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdf>. Acesso em: 30 out. 2014.
VYGOTSKY, L.. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
WINNICOTT, D. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1975.
WOODHEAD, M.;FAULKNER, D. Sujeitos, objetos ou participantes? dilemas da investigação psicológica com crianças. In: CHRISTENSEN, P.; JAMES, A. Investigação com crianças: perspectivas e práticas. Porto: Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, 2005, p.1-28.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos deverão ser enviados em formato digital da plataforma SEER, através do endereço eletrônico: http://periodicos.ufsm.br/kinesis/index. Em caso de dúvida, entrar em contato com a equipe editorial através do e-mail kinesisrevista@ufsm.br. A autoria que publicar na Revista Kinesis concorda com os seguintes termos:
- Mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
- Permitem e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.