A idiotia e os debates sobre as avaliações internacionais em grande escala nas reformas educacionais nacionais
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X33483Palavras-chave:
Avaliações internacionais em grande escala, Reforma educacional nacional, Medição global de aprendizagem.Resumo
Nós realizamos uma revisão exploratória da literatura de pesquisa e de políticas públicas relativas às avaliações internacionais em grande escala (ILSAs em inglês) e fizemos duas enquetes com especialistas, criadores de políticas públicas e educadores para entender se, até que ponto e como tais avaliações influenciaram a produção de políticas públicas no contexto nacional. Nossa revisão da literatura confirma que as ILSAs, com seus usos múltiplos e ambíguos, funcionam cada vez mais como soluções idióticas em busca do problema certo – ou seja, elas parecem ser usadas como ferramentas para legitimar reformas educacionais. Com “idióticas” não estamos nos referindo ao uso comum da palavra, que denota alguém que não é muito inteligente, mas ao significado original da palavra em grego antigo, ou seja, particular em oposição a perspectivas cívicas ou públicas. Os resultados de nossa enquete mostraram uma percepção crescente entre pesquisadores, criadores de políticas públicas e educadores, além de outros envolvidos, de que as ILSAs estão tendo um efeito nas políticas educacionais nacionais, visto que mais de um terço (38%) dos entrevistados afirmaram que as ILSAs foram, de modo geral, mal aplicadas nos contextos das políticas públicas nacionais. Contudo, ao passo que a literatura sobre a ILSA indica que essas avalições estão tendo alguma influência, há pouca evidência de que exista qualquer relação causal positiva ou negativa entre a participação da ILSA e a implementação de reformas educacionais. Talvez a mudança mais significativa associada com o uso das ILSAs na literatura que revisamos seja a maneira pela qual novas condições para a comparação educacional em nível nacional, regional e global se tornaram possíveis.
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