Métodos de estratificação vertical em Floresta Estacional Semidecidual

Autores

  • Rafaella de Angeli Curto Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Gilson Fernandes da Silva
  • José Eduardo Macedo Pezzopane
  • José Franklim Chichorro
  • Rômulo Môra

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509812348

Palavras-chave:

altura total, classificação sucessional, estratos arbóreos

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/1980509812348

O presente estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de 52 ha, conhecido como Floresta do Rosal, no município de Guaçuí-ES e teve como objetivo testar metodologias de estratificação vertical, avaliando a adequação dessas metodologias baseada na classificação sucessional ecológica das espécies. Para tanto, empregou-se o método de amostragem de área fixa, sendo distribuídas 16 parcelas de 600 m2, de forma sistemática no campo. Todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm tiveram suas alturas totais medidas de forma direta. As árvores passaram por processo de identificação botânica e classificação quanto ao grupo ecológico. A análise da estrutura vertical de espécies arbóreas foi feita pela distribuição do número de árvores nos estratos, utilizando-se quatro métodos: Método 1 - Souza (1990), Método 2 - Souza et al. (2003), Método 3 - IUFRO, e Método 4 - Calegário et al. (1994). Os resultados das classificações obtidas foram comparados à classificação sucessional das espécies, de acordo com os grupos ecológicos a que pertencem. O Método 1 não permitiu análise detalhada sobre o comportamento das espécies no estrato II por apresentar tendências fortes em concentrar um maior número de indivíduos no referido estrato, já o Método 2 permitiu um maior detalhamento. O Método 3 minimizou o problema encontrado no Método 1, porém, a mudança da altura dominante da amostragem pode mudar toda a discussão, demonstrando fragilidade do método. O Método 4 não trouxe bons resultados para a estratificação da floresta em estudo, pois a dividiu em apenas dois estratos de altura total.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARCHANJO, K. M. P. A. Análise florística e fitossociológica de fragmentos florestais de Mata Atlântica no sul do estado do Espírito Santo. 2008. 136 f. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) – Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, 2008.

BASSET, Y. et al. Vertical stratification of arthropod assemblages. In: BASSET, Y., NOVOTNY, V.; MILLER, S. E.; KITCHING, R. L. (eds.) Arthropods of tropical forests: spatio-temporal dynamics and resource use in the canopy. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. p. 17-27.

CALEGÁRIO, N.; SCOLFORO, J. R. S.; SOUZA, A. L. Estratificação em alturas para floresta natural heterogênea: uma proposta metodológica. Cerne, v. 1, n. 1, p. 58-63, 1994.

CARVALHO, F. A.; NASCIMENTO, M. T.; BRAGA, J. M. A. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo de um remanescente de Mata Atlântica Submontana no município de Rio Bonito, RJ, Brasil (Mata Rio Vermelho). Revista Árvore, v. 31, n. 4, p. 717-730, 2007.

CHASE, M. W. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society, p. 1-17, 2009.

CIENTEC. Software Mata Nativa 3: Sistema para análise fitossociológica, elaboração de inventários e planos de manejo de florestas nativas. Viçosa, 2010.

DIAS NETO, O.C. et al. Estrutura fitossociológica e grupos ecológicos em fragmento de floresta estacional semidecidual, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia. v. 60, n. 4, p. 1087-1100, 2009.

DURIGAN, G. Estrutura e Diversidade de Comunidades Florestais; Capítulo 6. In: MARTINS S.V. Ecologia de Florestas Tropicais do Brasil. Viçosa: Ed. UFV, 2009. p. 261.

FINOL, H. La silvicultura en la Orinoquia Venezolana. Revista Forestal Venezolana. v. 14, n. 25, p. 37-114, 1975.

LAMPRECHT, H. Silvicultura nos trópicos: ecossistemas florestais e respectivas espécies arbóreas. Possibilidades e métodos de aproveitamento sustentado. Eschborn: Deustsche Gessells chaft für technisch Zusammenarbeti (GTZ) GmbH, 1990. 343 p.

LEIBUNDGUT, H. Beispiel einer Bestandesanalyse nach neuen Baumklassen. In: INTERNATIONAL UNION OF FOREST RESEARCH ORGANISATIONS, 12., 1956. Oxford. London. Anais...London. 1958. v. 2. Seção 23 e 24. p. 95-118.

LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA DO BRASIL. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/>. Acesso em 27 dez. 2010.

LONGHI, S. J. A estrutura de uma floresta natural de Araucaria angustifólia (Bertol.) Kuntze, no sul do Brasil. 1980. 198 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1980.

MARISCAL-FLORES, E. J. Potencial produtivo e alternativas de manejo sustentável de um fragmento de Mata Atlântica secundária, Município de Viçosa, Minas Gerais. 1993. 165 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1993.

MOREIRA, L.N. Fitossociologia em ambiente de borda de fragmento de floresta Estacional Semidecidual. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, 2009.

PEREIRA, I. M. et al. Caracterização ecológica de espécies arbóreas ocorrentes em ambientes de mata ciliar, como subsídio à recomposição de áreas alteradas nas cabeceiras do Rio Grande, Minas Gerais, Brasil. Ciência Florestal, v. 20, n. 2, p. 235-253, 2010.

PINTO SOBRINHO, F.A. et al. Composição florística e estrutura de um fragmento de floresta estacional semidecidual aluvial em Viçosa (MG). Floresta, v. 39, n. 4, p. 793-805, 2009.

RODRIGUES, R. R. A sucessão florestal. In: MORELLATO, P. C., LEITÃO FILHO, H. F. (Org.). Ecologia e preservação de uma floresta tropical urbana: Reserva de Santa Genebra. Campinas: UNICAMP, 1995.p. 30-36.

ROLIM S. G. Modelos e Mecanismos de Sucessão Secundária na Floresta Atlântica em Linhares (ES). 2006. Tese (Doutorado em Recursos Florestais – Silvicultura e Manejo Florestal) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, SP, 2006.

ROLIM, S. G.; COUTO, H. T. Z.; JESUS, R. M. Mortalidade e recrutamento de arvores na Floresta Atlântica em Linhares (ES). Scientia Forestalis, n. 55, p. 49-69, 1999.

SANQUETTA, C. R. Análise da estrutura vertical de florestas através do diagrama h-M. Ciência Florestal, v. 5, n. 1, p. 55-68, 1995.

SANQUETTA, C.R. et al. Estrutura vertical de um fragmento de floresta Ombrófila Mista no Centro-sul do Paraná. Revista Floresta. V. 32, n. 2, p. 267-276, 2002.

SANSEVERO, J. B. B.; PIRES, J. P. A.; PEZZOPANE, J. E. M. Caracterização ambiental e enriquecimento da vegetação de áreas em diferentes estágios sucessionais (pasto, borda, clareira e floresta). Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal . Publicação Científica da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça/FAEF. v. 4, n. 07, 2006.

SILVA, A. F. S.et al. Composição florística e grupos ecológicos das espécies de um trecho de Floresta Semidecídua Submontana da Fazenda São Geraldo, Viçosa-MG. Revista Árvore, v. 27, n. 3, p. 311-319, 2003.

SOARES, C. P. B., NETO, FRANCISCO de P. ; SOUZA, A. L. de. Dendrometria e Inventário Florestal. Viçosa: Ed. UFV, 2006. 276 p.

SOUZA, A. L. Estrutura, dinâmica e manejo de florestas tropicais. Viçosa: UFV, 1990. 122 p. (Notas de aula).

SOUZA, A. L.; MEIRA NETO, J. A. A.; SCHETINO, S. Avaliação florística, fitossociológica e paramétrica de um fragmento de floresta atlântica secundária, município de São Canário, Espírito Santo. Viçosa: Sociedade de Investigações Florestais, 1998. p. 121. (Documento SIF 18)

SOUZA, D. R. et al. Emprego da análise multivariada para estratificação vertical de florestas ineqüiâneas, Viçosa-MG. Revista Árvore, v. 27, n. 1, p. 59-63, 2003.

SOUZA, D. R.; SOUZA, A. L. Estratificação vertical em floresta Ombrófila Densa de terra firme não explorada, Amazônia Oriental, Viçosa, Revista Árvore, v. 28, n. 5, p. 691-698, 2004.

SOUZA, P. F. Análise da vegetação de um fragmento de caatinga na microbacia hidrográfica do Açude Jatobá – Paraíba. 2009. Monografia (Curso de Engenharia Florestal), Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB, 2009.

VILANOVA, S. R. F. Composição florística e valoração econômica de uma Unidade de Conservação urbana, Cuiabá – Mato Grosso. 2008. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2008.

Downloads

Publicado

13-12-2013

Como Citar

Curto, R. de A., Silva, G. F. da, Pezzopane, J. E. M., Chichorro, J. F., & Môra, R. (2013). Métodos de estratificação vertical em Floresta Estacional Semidecidual. Ciência Florestal, 23(4), 643–654. https://doi.org/10.5902/1980509812348

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >> 

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.