Sombreamento na emergência de plântulas e no crescimento inicial de <i>Dipteryx alata</i> Vog.
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050986611Parole chiave:
sementes, luz, planta nativa, cerrado, produção de mudasAbstract
http://dx.doi.org/10.5902/198050986611Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o potencial de emergência das plântulas e o crescimento das mudas do baru (Dipteryx alata Vog.) em diferentes níveis de sombreamento. Para avaliar a emergência, a semeadura foi realizada em bandejas de células contendo substrato Plantmax® + terra + areia + cama de frango na proporção de 1:1:1:0,5 e mantidas a pleno sol, 50 % e 70 % de sombreamento. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com três níveis de sombreamento em quatro repetições de 25 sementes. Foram avaliados a porcentagem e o índice de velocidade de emergência. Para avaliar o crescimento inicial, as plântulas foram transplantadas e três repetições de 15 mudas, totalizando 45 mudas, foram mantidas em seus respectivos sombreamentos. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 (níveis de sombreamento) x 5 (épocas de avaliação para a altura, diâmetro do coleto, clorofila total, transpiração, condutância estomática e taxa fotossintética) e 2 (épocas de avaliação para área foliar, comprimento de raiz, massas fresca e seca). Os níveis de sombreamento não influenciaram na porcentagem nem no índice de velocidade de emergência das plântulas (71,3 % e 1,08, respectivamente). Os maiores valores de altura (16 cm), área foliar (220,2 cm2), comprimento de raiz (14,9 cm), massa fresca e seca (9,71 g e 3,21 g) das mudas foram observados sob sombreamento, não variando entre eles. As mudas apresentaram a menor taxa fotossintética a 70 % de sombreamento (6,8 μmol m-2s-1). Os níveis de sombreamento avaliados não influenciaram na emergência das plântulas, entretanto, as mudas apresentaram melhor crescimento quando mantidas até os 125 dias de idade sob 50 % de sombreamento.
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