SUBSTRATOS E NÍVEIS DE LUMINOSIDADE NO CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE <i>Tocoyena formosa</i> (Cham. & Schltdl.) K. Schum. (RUBIACEAE)
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509822750Palavras-chave:
luz, Cerrado, jenipapo-bravo, produção de mudas.Resumo
Objetivou-se determinar o tipo de substrato e as melhores condições de luminosidade para o cultivo de mudas de Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. A semeadura ocorreu em bandejas de isopor sob sombrite de 70% e três meses após a emergência, as plântulas foram selecionadas e em seguida transplantadas em vasos de 4L, em dois tipos de substratos: 50% de solo Latossolo Vermelho Distroférrico + 50% de areia (TA) e 50% de solo de Latossolo Vermelho Distroférrico + 25% de areia + 25% de cama de frango semidecomposta (TACF). Após o transplante, as mudas foram levadas para três condições de sombreamento (30%, 50% e 70% de sombra) e a pleno sol (0%). Após a aclimatação, a qualidade fisiológica das mudas foi determinada mensalmente, através da análise de crescimento e do índice de qualidade de Dickson, durante 270 dias. O experimento foi realizado em DIC em esquema fatorial 2 x 4 x 4 (substratos x sombreamento x idade da muda), com três repetições de três mudas. Foi observado maior crescimento e qualidade das mudas em substrato terra + areia + cama de frango e nas condições de 30% de sombra e pleno sol. Conclui-se que para produção de mudas de Tocoyena formosa a melhor condição de luminosidade é 30% de sombra e em pleno solem substrato TACF.
Downloads
Referências
BERNARDINO, D. C. S. et al. Crescimento e qualidade de mudas de Anadenanthera macrocarpa Benth. Brenan em resposta à saturação por bases do substrato. Revista Árvore, Viçosa, v. 29, n. 6, p. 863-870, 2005.
COELHO, V. P. M.; AGRA, M. F.; BARBOSA, M. R.V. Estudo farmacobotânico das folhas de Tocoyena formosa (Cham. &Schltdl.) K.Schum. (Rubiaceae). Brazilian Journal of Pharmacognosy, Curitiba, v. 16, n. 2, p. 170-177, 2006.
CRITCHLEY, C. Molecular adaptation to irradiance: The dual functionality of photosystem II. In: SINGHAL, G. S. G.; RENGER, S. K.; SOPORY, K. D. Concepts in photobiology: photosynthesis and photomorphogenesis. Irrgang & Govindjee, eds. Narosa.New Delhi: Publishing House, 1999. p. 573-587. DALE, J. E. The control of leaf expansion. Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology, Palo Alto, v. 39, p. 267- 295, 1988.
DANTAS, B. F. et al. Taxas de crescimento de mudas de catingueira submetidas a diferentes substratos e sombreamentos. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 3, p. 413-423, 2009.
DICKSON, A.; LEAF, A. L.; HOSNER, J. F. Quality appraisal of white spruce and white pine seedling stock in nurseries. Forestry Chronicle, Ontário, v. 36, n. 1, p. 10-13, 1960.
EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro: Centro Nacional de Pesquisa de Solos, 1997. 212 p.
FACHINI, E.; GALBIATTI, J. A.; PAVANI, L. C. Níveis de irrigação e de compostos de lixo orgânico na formação de mudas em casa de vegetação. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 24, n. 3, p. 578-588, 2004.
FERMINO, M. H.; KAMPF, A. N. Uso do solo bom Jesus com condicionadores orgânicos como alternativa de substrato para plantas. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, Porto Alegre, v. 9, n. 1-2, p. 33-41, 2003.
FERREIRA, D. F. Manual do sistema Sisvar para análises estatísticas. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2000. 63 p.
FERREIRA, W. N. et al. Crescimento inicial de Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke (Mimosaceae) e Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altshul (Mimosaceae) sob diferentes níveis de sombreamento. Acta Botanica Brasilica, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 408-414, 2012.
FREITAS, G. A. et al. Influência do sombreamento na qualidade de mudas de Sclerolobium paniculatum Vogel para recuperação de área degradada. Journal of Biotechnology and Biodiversity, Gurupi, v. 3, n. 3, p. 5-12, 2012.
GOTTSBERGER, G.; EHRENDORFER, F. Hybrid speciation and radiation in the neotropical woody genus Tocoyena (Rubiaceae). Plant Systematics and Evolution, Austria, v. 181, n. 3-4, p. 143-169, 1992.
KÄMPF, A. N. Análise física de substratos para plantas. Viçosa: SBCS, 2001. v. 26, p. 5-7.
KIRKBY, E. A.; RÖMHELD, V. Micronutrientes na fisiologia de plantas: Funções, absorção e mobilidade. Encarte de informações agronômicas, n. 118, p. 1-24, 2007.
LARCHER, W. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos: RIMA, 2006. 550 p.
LAVRES-JÚNIOR, J. et al. Deficiências de macronutrientes no estado nutricional da mamoeira cultivar Iris. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 40, n. 2, p. 145-151, 2005.
LIMA, J. D. et al. Efeitos da luminosidade no crescimento de mudas de Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. (Leguminosae, Caesalpinoideae). Acta Amazônica, Manaus, v. 38, n. 1, p. 5-10, 2008.
LUCA, E. F.; REBECCHI, R. J.; SCHORN, L. A. Crescimento e qualidade de mudas de cedro (Cedrela fissilis Vellozo) em viveiro, mediante diferentes técnicas de produção. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 22 n. 2, p. 189-199, 2010.
MATOS, F. S. et al. Influência da intensidade luminosa no desenvolvimento de mudas de Jatropha curcas L. Agrarian, Dourados, v. 4, n. 14, p. 265-272, 2011.
MELO, J. T. de. Respostas de mudas de espécies arbóreas do Cerrado a nutrientes em Latossolo Vermelho Escuro. Brasília, 1999. 104 f. Tese (Doutorado em Ecologia) - Universidade de Brasília, Brasília, 1999.
MELO, R. R.; CUNHA, M. C. L. Crescimento inicial de mudas de mulungu (Erythrina velutina Wild.) sob diferentes níveis de luminosidade. Ambiência, Guarapuava, v. 4, n. 1, p. 67- 77, 2008.
NAKAZONO, E. M. et al. Crescimento inicial de Euterpe edulis Mart. em diferentes regimes de luz. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 173-179, 2001.
NÓBREGA, R. S. A. et al. Parâmetros morfológicos de mudas de Sesbania virgata (Caz.) Pers e de Anadenanthera peregrina (L.) cultivadas em substrato fertilizado com compostos de lixo urbano. Revista Árvore, Viçosa, v. 32, n. 3, p. 597-607, 2008.
PIEREZAN, L.; SCALON, S. de P. Q.; PEREIRA, Z. V. Emergência de Plântulas e crescimento de mudas de Jatobá com uso de bioestimulante e sombreamento. Cerne, Lavras, v. 18, n. 1, p. 127-133, 2012.
POTT, A. Pastagens das sub-regiões dos Paiaguás e da Nhecolândia do Pantanal Mato-grossense. Corumbá: Embrapa, 1982. 49 p. (Circular Técnica, 10).
REGO, G. M.; POSSAMAI. Efeito do Sombreamento sobre o Teor de Clorofila e Crescimento Inicial do Jequitibá-rosa. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 53, p. 179-194, 2006.
RONDON-NETO, R. M. et al. Potencialidades de uso de espécies arbustivas e arbóreas em diferentes fisionomias de cerrado, em Lucas do Rio Verde/MT. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v. 10, n. 2, p. 113-126, 2010.
SANTIAGO, E. J. A. et al. Aspectos da anatomia foliar da pimenta-longa (Piper hispidinervium C.DC.) sob diferentes condições de luminosidade. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 25, n. 5, p. 1035-1042, 2001.
SEVERINO, L. S.; LIMA, R. L. S.; BELTRÃO, N. E. M. Composição Química de Onze Materiais Orgânicos Utilizados em Substratos para Produção de Mudas. Comunicado Técnico, Campina Grande, n. 278, p.1-5, 2006.
SCALON, S. P. Q. et al. Estresse hídrico no metabolismo e crescimento inicial de mudas de mutambo (Guazuma ulmifolia Lam.). Ciência Florestal, Santa Maria, v. 21, n. 4, p. 655-662, 2011.
SOUZA, C. C. et al. Avaliação de métodos de determinação de água disponível e manejo da irrigação em solo roxa sob cultivo de algodoeiro herbáceo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 4, n. 3, p. 338-342, 2000.
VIEIRA, J. F.; LIMA, L. C.; CAMPOS, R. M. Plano de Manejo da RPPN da Fazenda da Mata. 2010. 60 p. Disponível em:<http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/RPPN/Planos_de_Manejo/PM_RPPN_FAZENDA_DA_MATA/Plano_de_Manejo_RPPN_Fazenda_da_Mata.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2013.
WALTERS, M. B.; REICH, P. B. Seed size, nitrogen supply, and growth rate affect tree seedling survival in deep shade. Ecology, Tempe, v. 81, n. 7, p. 1887-1901, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.