Metabolismo fotossintético e enzimático de <i>Ormosia arborea</i> (Vell.) Harms sob diferentes disponibilidades hídricas
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509841379Palavras-chave:
Enzimas antioxidantes, Fluorescência da clorofila a, Estresse hídrico, FotossínteseResumo
Nesta pesquisa, hipotetizamos que as mudas de Ormosia arborea (Vell.) Harms crescem melhor e alcançam maiores níveis de troca gasosas quando cultivadas em solos com maior disponibilidade de água. Assim, este estudo foi desenvolvido para avaliar as respostas metabólicas das mudas a diferentes níveis de disponibilidade hídrica. A irrigação foi realizada em dias alternados, nas capacidades de retenção de água (CRA) de 25%, 50%, 75% e 100%. As respostas metabólicas foram analisadas aos 15, 50, 85 e 120 dias após o início dos tratamentos. As plantas de O. arborea cultivadas em condições de maior disponibilidade hídrica (75% e 100% CRA) apresentaram maior potencial hídrico foliar e teor de clorofila, além de maiores valores para a fluorescência da clorofila a e trocas gasosas do que aquelas cultivadas em outras condições. O déficit hídrico causado por baixos níveis de disponibilidade hídrica (25% ou 50% CRA) reduz o potencial hídrico foliar, a fluorescência da clorofila a e as trocas gasosas. Como estratégia para tolerar o estresse, as mudas tendem a investir em seu sistema antioxidante, como demonstrado pelos altos níveis de atividade das enzimas Superóxido dismutase (SOD), Peroxidase (POD) e Catalase (CAT). Embora as mudas possam ser tolerantes ao cultivo com menos de 50%, o melhor funcionamento do aparato fotossintético ocorreu sob 75% de CRA.
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