Crescimento de espécies nativas de uma Floresta Estacional Decidual/Ombrófila Mista do Rio Grande do Sul.

Autores

  • Peter Spathelf UFSM
  • Rute Berger
  • Sandro Vaccaro
  • Helio Tonini
  • Geedre Adriano Borsoi

DOI:

https://doi.org/10.5902/198050981659

Palavras-chave:

Análise de tronco, espécies nativas, Rio Grande do Sul

Resumo

Com uma abordagem retrospectiva, foi estudado o crescimento da caúna-da-serra (Ilex brevicuspis Reissek.), cocão (Erythroxilum deciduum), tarumã-de-espinho (Cytharexylum montevidense Sprenger) e capororoca (Rapanea ferruginea (Ruiz & Pavon) Mez), nativas da Floresta Estacional Decidual/Floresta Ombrófila Mista de Santa Maria - RS. Foi feita a análise de tronco e a medição de anéis anuais de cada espécie estudada. Com esses dados foi avaliada a tendência de crescimento em volume comercial, o incremento do volume comercial em porcentagem e o fator de forma comercial em função do diâmetro à altura de 1,3 m (DAP). Para o ajuste dos dados obtidos, foram testados cinco modelos diferentes. Revelou-se que, com todas espécies, um polinômio de segundo grau mostrou o melhor ajuste no caso do volume comercial e do fator de forma comercial. O incremento em volume comercial anual percentual foi melhor ajustado por um modelo exponencial, também para cada espécie analisada. Observou-se uma acumulação significativamente diferente do volume sobre o diâmetro das espécies. O tarumã e o cocão mostram uma acumulação rápida em volume, enquanto que a caúna e a capororoca crescem menos rapidamente. Isso é correlacionado com os fatores de forma, nos troncos mais cilíndricos, no caso do tarumã e do cocão. O incremento em volume comercial anual percentual varia entre a faixa de mais de 100% no início do processo de crescimento e abaixo de 10% no final do crescimento estudado.

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Publicado

30-06-2001

Como Citar

Spathelf, P., Berger, R., Vaccaro, S., Tonini, H., & Borsoi, G. A. (2001). Crescimento de espécies nativas de uma Floresta Estacional Decidual/Ombrófila Mista do Rio Grande do Sul. Ciência Florestal, 11(2), 103–119. https://doi.org/10.5902/198050981659

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