RESISTÊNCIA À GEADA E CRESCIMENTO INICIAL DE <i>Toona ciliata</i> EM CULTIVOS CONSORCIADOS COM <i>Eucalyptus grandis</i> EM DIFERENTES ADUBAÇÕES
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509832092Schlagworte:
cedro-australiano, eucalipto, silício, bioestimulanteAbstract
A restrição nutricional e a ocorrência de geadas no sul do Brasil frequentemente afetam o crescimento de cultivos florestais. Com o objetivo de quantificar o crescimento inicial e a resistência à geada das plantas de Toona ciliata em cultivos consorciados com Eucalyptus grandis, com diferentes adubações, foi conduzido um experimento na UFSM, campus de Frederico Westphalen. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com três repetições, no arranjo fatorial 2 x 2 x 3: duas espécies florestais (Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Toona ciliata M. Roem var. australis), dois tipos de cultivos (solteiro e consorciado) e três tipos de adubação (NPK, NPK + Si e NP de liberação lenta + K + bioestimulante). O crescimento em altura das plantas foi mensurado em datas diferenciadas até 346 dias após o plantio. No final deste período foi quantificado o diâmetro a altura do peito e a massa seca da parte aérea. A avaliação do nível de danos às plantas e o grau de resistência à geada foi feito com atribuição de notas com base nas plantas inteiras e nas copas das plantas. Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando significativa (p ≤ 0,05), procedeu-se a comparação das médias dos tratamentos pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). As duas espécies florestais foram tolerantes à geada, mas com maior dano na área foliar nas plantas de Toona ciliata em relação a Eucalyptus grandis. O cultivo de Toona ciliata sob proteção de Eucalyptus grandis não diminuiu os danos da geada no primeiro ano de implantação no campo. O uso de fertilizante de liberação lenta, de Si e de bioestimulante não contribuíram para aumentar o crescimento e a resistência à geada das plantas das duas espécies florestais.
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