Técnicas geoestatísticas e interpoladores espaciais na estratificação de povoamentos de <i>Eucalyptus</i> sp.
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050986621Palavras-chave:
inventário florestal, dependência espacial, técnicas de amostragemResumo
http://dx.doi.org/10.5902/198050986621Os objetivos deste estudo foram verificar a possibilidade do uso da estrutura de dependência espacial para a definição de estratos em povoamentos florestais e comparar, com base no erro de amostragem, a Amostragem Casual Simples (ACS) e a Amostragem Casual Estratificada (ACE), sendo a estratificação realizada por meio dos interpoladores espaciais Inverso do Quadrado da Distância (IQD) e Krigagem. Os dados utilizados foram provenientes de inventários convencionais realizados nos anos de 2006 e 2007, em projetos localizados nos municípios de Curvelo, João Pinheiro e Montes Claros, Minas Gerais. Os resultados mostraram que, dos 50 projetos, 64 % apresentaram grau de dependência espacial de médio a forte, evidenciando que o uso de métodos geoestatísticos possibilita redução no erro sem aumento de custo no inventário. A estratificação com base no interpolador IQD utilizada nos projetos que apresentaram fraco grau de dependência espacial (DE) contribuiu para uma redução em média de 68,4 % no erro de amostragem. A utilização do interpolador geoestatístico nos projetos que apresentaram de média a forte DE, contribuiu para uma redução média de 47,0 % e 65,7 % no erro de amostragem, respectivamente. Mesmo nos projetos onde a estrutura de dependência espacial se manifestou, a estratificação com base no interpolador IQD gera melhoria das estimativas da ACE em relação à ACS.
Downloads
Referências
ANTUNES, F. Z. Caracterização climática do Estado de Minas Gerais. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 12, n. 138, p. 9-13, jan. 1986.
ASSIS, A. L. de. Definição da estratégia amostral em plantios jovens de Eucalyptus spp pelo uso de geoestatística. 2005. 118 p. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal)–Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2005.
BIONDI, F. et al. Geostatistically modeling stem size and increment in an old-growth forest. Canadian Journal of Forest Research-Revue Canadienne de Recherche Forestiere, Ottawa, v. 24, n. 7, p.1354-1368, July 1994.
BOYDEN, S. et al. Competition among Eucalyptus trees depends on genetic variation and resource supply. Ecology, v. 89, n. 10, p. 2850-2859, 2008.
CESARO, A. de. et al. Comparação dos métodos de amostragem de área fixa, relascopia, e de seis árvores, quanto a eficiência, no inventario florestal de um povoamento de Pinus sp. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 4, n. 1, p. 97-108, jun 1994.
COCHRAN, W. G. Sampling techniques. 3rd ed. New York: J. Wiley, 1977. 555 p.
CRESSIE, A. G. Statistics for spatial data. New York: J. Wiley, 1993. 900 p.
DIGGLE, P. J.; RIBEIRO JÚNIOR, P. J. Model based geostatistics. Londres: Springer, 2007. 230 p.
FERREIRA, D. F. Estatística básica. Lavras: UFLA, 2005. 664 p.
ISAAKS, E. H.; SRIVASTAVA, R. M. An introduction to applied geostatistics. New York: Oxford University, 1989. 560 p.
JOURNEL, A. G.; HUIJBREGTS, C. J. Mining geostatistics. London: Academic, 1978. 600 p.
KANEGAE JÚNIOR, H. et al. Avaliação da continuidade espacial de características dendrométricas em diferentes idades de povoamentos clonais de Eucalyptus sp. Revista Árvore, Viçosa, v. 31, n. 5, p. 859-866, set./out. 2007.
KANEGAE JÚNIOR, H. et al. Avaliação de interpoladores estatísticos e determinísticos como instrumento de estratificação de povoamentos clonais de Eucalyptus sp. Cerne, Lavras, v. 12, n. 2, p. 123-136, abr./jun. 2006
LANDIM, P. M. B. Análise estatística de dados geológicos. São Paulo:UNESP, 1998. 226 p.
MACHADO, S. A. et al. Comparação entre métodos para avaliação de volume total de madeira por unidade de área, para o pinheiro do Paraná, na região sul do Brasil. Cerne, Lavras, v. 6, n. 2, p. 55-66, 2000.
MATHERON, G. Principles of geostatistics. Economic geology, Littleton, v. 58, p. 1246-1266, 1963.
MELLO, J. M. de. et al. Ajuste e seleção de modelos espaciais de semivariograma visando à estimativa volumétrica de Eucalyptus grandis. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 69, p. 25-37, dez. 2005b.
MELLO, J. M. de. et al. Continuidade espacial para características dendrométricas (número de fustes e volume) em plantios de Eucalyptus grandis. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 1, jan./fev., 2009.
MELLO, J. M. de. et al. Estudo da dependência espacial de características dendrométricas para Eucalyptus grandis. Revista Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 113-126, abr./jun. 2005a.
MELLO, J. M. de.; SCOLFORO, J. R. S. Análise comparativa de procedimentos de amostragem em um remanescente de floresta estacional semidecídua montana. Revista Árvore, Viçosa, v. 24, n. 1, p. 55-62, 2000.
MENG, Q. et al. Large area forest inventory using Landsat ETM+: a geostatistical approach. ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing, v.64, n.
PÉLLICO NETTO, S.; BRENA, D. A. Inventário florestal. Curitiba: [s.n.], 1997. 316 p.
PÉLLICO NETTO, S.; SANQUETTA, C. R. Determinação do número de estratos em estratificação volumétrica de florestas naturais e plantadas. Floresta, Curitiba, v. 24, n. 1-2, p.49-58, jun./dez. 1994.
PRODAN, M. et al. Mensura forestal. São José, Costa Rica: IICA/BMZ/GTZ, 1997. 586 p.
R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: a language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing. 2007. Disponível em: < http://www.R-project.org>.
RIBEIRO JÚNIOR, P. J.; DIGGLE, P. J. geoR: a package for geostatistical analysis. R-NEWS, Pelotas, v.1, n.2, p.15-18, 2001.
SCOLFORO, J. R. S.; MELLO, J. M. de. Inventário florestal. Lavras: UFLA/FAEPE, 2006. 561 p.
SHAPIRO, S. S.; WILK, M. B. An analysis of variance test for normality (complete samples). Biometrika, London, v. 53, n. 3/4, p. 591-611, July/Dec. 1965.
VIEIRA, S. R. Geoestatística em estudos de variabilidade espacial do solo. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ, V. H.; SCHAEFER, C. E. G. R. (Ed.). Tópicos em ciências do solo. Viçosa: SBCS, 2000.
WEBSTER, R; McBRATNEY, A. B. On the Akaike Information Criterion for choosing models for variograms of soil properties. European Journal of Soil Science, Oxford, v. 40, n. 3, p. 493-496, Sept. 1989.
YAMAMOTO, J. K. Avaliação e classificação de reservas minerais. São Paulo: USP, 2001. 226 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.