Diversidade genética e caracterização fenotípica de <i>Ochroma pyramidale</i> em plantios no Mato Grosso, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509865587Palavras-chave:
Pau-de-balsa, Variabilidade genética, Marcadores moleculares, Melhoramento genéticoResumo
Este estudo avaliou plantações de pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) em busca de matrizes para o melhoramento genético. Foi avaliado um total de 20 árvores em plantações no Mato Grosso quanto à diversidade genética com iniciadores ISSR (entre sequências simples repetidas), quanto ao seu diâmetro à altura do peito (DAP) e altura comercial (HC). Os primers amplificaram 111 locos (97,3% polimórficos), sendo que a diversidade genética de Nei (0,32) e o índice de Shannon (0,48) indicam que há diversidade genética nas plantações. A AMOVA revelou maior variação genética dentro das plantações do que entre as plantações. O agrupamento UPGMA indicou a formação de nove grupos, sendo quatro deles com um indivíduo cada. Quanto à caracterização fenotípica, os indivíduos 48 e 52 se destacam por apresentarem DAP mais elevado, e os indivíduos 30 e 34 apresentam HC superior. Considerando DAP e HC concomitantemente, 12 indivíduos estão dentro dos padrões. Nos plantios avaliados, há variabilidade suficiente para a identificação de matrizes de pau-de-balsa.
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