Comparação entre métodos de estimativa de evapotranspiração no estado do Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X84530Palavras-chave:
Evapotranspiração, Bioma Pampa, Métodos de EstimativaResumo
A caracterização da evapotranspiração requer tempo e investimento financeiro, porém a partir de dados meteorológicos é possível estimar os valores deste fenômeno por meio de métodos indiretos. O método de Penman-Monteith (PM) é considerado como o mais preciso pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que recomenda seu uso, pois leva em conta a radiação solar, temperatura, umidade relativa e velocidade do vento, dados que nem sempre estão disponíveis em alguns locais do Brasil, sendo necessário utilizar métodos mais simplificados. Portanto, o objetivo deste trabalho é comparar a evapotranspiração estimada pelo método de Penman-Monteith (PM) com a evapotranspiração estimada pelos métodos de Penman-Monteith Simplificado (PMS), Priestley-Taylor (PT) e Hargraves-Samani (HS) para as 10 estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) distribuídas no bioma Pampa no estado do Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos indicaram algumas divergências entre os métodos comparados. Contudo, o método de PT demonstrou resultados mais precisos apresentando o melhor desempenho entre os métodos propostos. Esse método pode ser utilizado em estudos futuros na região, principalmente em caso de falta de alguns dados meteorológicos.
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