Comparação entre métodos de estimativa de evapotranspiração no estado do Rio Grande do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X84530

Palavras-chave:

Evapotranspiração, Bioma Pampa, Métodos de Estimativa

Resumo

A caracterização da evapotranspiração requer tempo e investimento financeiro, porém a partir de dados meteorológicos é possível estimar os valores deste fenômeno por meio de métodos indiretos. O método de Penman-Monteith (PM) é considerado como o mais preciso pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que recomenda seu uso, pois leva em conta a radiação solar, temperatura, umidade relativa e velocidade do vento, dados que nem sempre estão disponíveis em alguns locais do Brasil, sendo necessário utilizar métodos mais simplificados. Portanto, o objetivo deste trabalho é comparar a evapotranspiração estimada pelo método de Penman-Monteith (PM) com a evapotranspiração estimada pelos métodos de Penman-Monteith Simplificado (PMS), Priestley-Taylor (PT) e Hargraves-Samani (HS) para as 10 estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) distribuídas no bioma Pampa no estado do Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos indicaram algumas divergências entre os métodos comparados. Contudo, o método de PT demonstrou resultados mais precisos apresentando o melhor desempenho entre os métodos propostos. Esse método pode ser utilizado em estudos futuros na região, principalmente em caso de falta de alguns dados meteorológicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paola Liberalesso Dimperio, Universidade Federal de Santa Maria

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola.

Marcelo Lovato Brum, Universidade Federal de Santa Maria

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola.

Oscar Enmanuel Ticona Neyra, Universidade Federal de Santa Maria

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola.

Erickson Ricardo Ferminio da Silva, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Lorenzo Balbueno Maciel Martins, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Juliano Dalcin Martins, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Engenharia Rural.

Daniel Gustavo Allasia, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Alexandre Swarowsky, Universidade Federal de Santa Maria

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola.

Referências

RG, A. (1998). Crop evapotranspiration: guidelines for computing crop water requirements. FAO Irrig Drain, 56, 147-151.

Câmpara, A. S. (2018). Identificação da área de transição paisagística entre os biomas Pampa e Mata Atlântica na região centro-oeste do Rio Grande do Sul.

Collischonn, W., & Dornelles, F. (2013). Hidrologia para engenharia e ciências ambientais. Porto Alegre: Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH), 336.

Djaman, K., Irmak, S., Kabenge, I., & Futakuchi, K. (2016). Evaluation of FAO-56 penman-monteith model with limited data and the valiantzas models for estimating grass-reference evapotranspiration in Sahelian conditions. Journal of Irrigation and Drainage Engineering, 142(11), 04016044. DOI: https://doi.org/10.1061/(ASCE)IR.1943-4774.0001070

Djaman, K., Koudahe, K., Lombard, K., & O’Neill, M. (2018). Sum of hourly vs. daily Penman-Monteith grass-reference evapotranspiration under semiarid and arid climate. Irrig Drain Syst Eng, 7(1), 1-6.

Garcia, M., Raes, D., Allen, R., & Herbas, C. (2004). Dynamics of reference evapotranspiration in the Bolivian highlands (Altiplano). Agricultural and forest meteorology, 125(1-2), 67-82. DOI: https://doi.org/10.1016/j.agrformet.2004.03.005

Gomes, M., De Vargas, T., Belladona, R., & Duarte, M. (2018). Aplicação do interpolador IDW para elaboração de mapas hidrogeológicos paramétricos na região da Serra Gaúcha. Scientia cum industria, 6(3), 38-43. DOI: https://doi.org/10.18226/23185279.v6iss3p38

Hargreaves, G. H. (1975). Moisture availability and crop production. Transactions of the ASAE, 18(5), 980-0984. DOI: https://doi.org/10.13031/2013.36722

Hargreaves, G. H., & Samani, Z. A. (1982). Estimating potential evapotranspiration. Journal of the irrigation and Drainage Division, 108(3), 225-230. DOI: https://doi.org/10.1061/JRCEA4.0001390

Hess, T. M. (1998). Trends in reference evapo-transpiration in the North East Arid Zone of Nigeria, 1961–91. Journal of Arid Environments, 38(1), 99-115. DOI: https://doi.org/10.1006/jare.1997.0327

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio Grande do Sul, 2023. Available at: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rio-grande/panorama>

INMET – Instituto Nacional de Meteorologia. Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa - BDMEP. Rio Grande do Sul, 2023. Available at: <https://bdmep.inmet.gov.br/>

Jabloun, M. D., & Sahli, A. (2008). Evaluation of FAO-56 methodology for estimating reference evapotranspiration using limited climatic data: Application to Tunisia. Agricultural water management, 95(6), 707-715. DOI: https://doi.org/10.1016/j.agwat.2008.01.009

Jakob, A. A. E., & Young, A. F. (2006). O uso de métodos de interpolação espacial de dados nas análises sociodemográficas. Trabalho apresentado no XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu, MG, Brasil. Disponível em: http://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/anais/article/viewFile/1530/1494

Jacobs, J. M., Satti, S. R., & Fitzgerald, J. M. (2001). Evaluation of reference evapotranspiration methodologies and AFSIRS crop water use simulation model. St. Johns River Water Management District.

Jensen, M. E., Burman, R. D., & Allen, R. G. (1990). Evapotranspiration and irrigation water requirements: a manual. ASCE manuals and reports on engineering practice (USA). no. 70.

Maidment, D. R. (Ed.). (1992). Handbook of hydrology (pp. xx+-1000).

Martınez-Cob, A., & Tejero-Juste, M. (2004). A wind-based qualitative calibration of the Hargreaves ET0 estimation equation in semiarid regions. Agricultural water management, 64(3), 251-264. DOI: https://doi.org/10.1016/S0378-3774(03)00199-9

Sena, C. C. R. (2021). Uso do sensoriamento remoto para a estimativa da evapotranspiração atual e diagnóstico do manejo da irrigação da cultura do tomate industrial em Goiás.

Stöckle, C. O., Kjelgaard, J., & Bellocchi, G. (2004). Evaluation of estimated weather data for calculating Penman-Monteith reference crop evapotranspiration. Irrigation science, 23, 39-46. DOI: https://doi.org/10.1007/s00271-004-0091-0

Thaines, P. (2022). Sistema integrado com telemetria e mensageria para auxiliar o manejo de irrigação agrícola através do cálculo da evapotranspiração de referência. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/243463

Tucci, C. E. (2012). Hidrologia: Ciência e Aplicação. 4ª edição. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 4.

Wmo. World Meteorological Organization (2010). Guide to the global observing system. n. 488, Genebra, Suíça. 172p.

Zappa, L., Schlaffer, S., Brocca, L., Vreugdenhil, M., Nendel, C., & Dorigo, W. (2022). How accurately can we retrieve irrigation timing and water amounts from (satellite) soil moisture?. International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation, 113, 102979. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jag.2022.102979

Downloads

Publicado

2024-08-23

Como Citar

Dimperio, P. L., Brum, M. L., Neyra, O. E. T., Silva, E. R. F. da, Martins, L. B. M., Martins, J. D., Allasia, D. G., & Swarowsky, A. (2024). Comparação entre métodos de estimativa de evapotranspiração no estado do Rio Grande do Sul. Ciência E Natura, 46, e84530. https://doi.org/10.5902/2179460X84530

Edição

Seção

Geociências

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.