n. 28 (2016): Literatura e Autoritarismo: Violência e Gênero

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Hannah Arendt já afirmara que “a violência (…) necessita sempre de instrumentos”, sejam esses materiais ou simbólicos. Ao pensarmos as relações genderizadas torna-se latente que as subjetividades são construídas através de embates, de choques e, porque não afirmar, através de violência. Como afirmara Butler, “o gênero não é um substantivo, mas tampouco é um conjunto de atributos flutuantes, pois vimos que seu efeito substantivo é performativamente produzido e imposto pelas práticas reguladoras da coerência do gênero. Consequentemente, o gênero mostra ser performativo no interior do discurso herdado da metafísica da substância – isto é, constituinte da identidade que supostamente é.” Sendo assim, este número da revista apresenta discussões referentes às relações estabelecidas entre ambas as categorias no campo dos estudos literários e também em outras áreas do conhecimento.
 
Publicado: 2016-12-26