A condição feminina em Lisístrata e em A Fonte das Mulheres
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X20942Resumo
O presente trabalho dá enfoque à comédia grega Lisístrata (411 a.C), de Aristófanes, e a sua adaptação cinematográfica, o filme A Fonte das Mulheres (La Source des Femmes, 2011), coproduzido por França, Bélgica e Itália e dirigido pelo romeno Radu Mihaileanu. Ambas as obras trazem a questão da greve do sexo instaurada pelas mulheres, mas os motivos e os desdobramentos dessa greve são divergentes. Para desenvolvimento de nossa pesquisa, partimos da descrição de excertos da comédia e de cenas do filme, considerando as peculiaridades dos contextos de produção e recepção de cada uma delas, a fim de examinar as diferenças no que se refere ao tratamento dado às questões femininas nas obras citadas. Para fundamentar teoricamente o trabalho, recorremos a pesquisadores que se debruçaram sobre os estudos de tradução e adaptação, como Hermans (1992) e Lefevere (1992), e sobre o estudo da comédia grega, como Pompeu (1997) e Oliveira e Silva (1991). Uma vez que os contextos de produção e recepção das obras são distintos, as escolhas feitas durante a elaboração dessas narrativas também se diferenciam, o que aponta para um processo de reescritura do enredo. Os resultados demonstram que a obra cinematográfica, devido ao contexto no qual se insere, debate a condição feminina de modo diverso da comédia: enquanto a comédia aristofânica aborda a temática da mulher para discutir sobre a manutenção da pólis, o filme acolhe pontos de discussão importantes para o próprio movimento feminista e discute a opressão que o patriarcado impõe às mulheres
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