https://periodicos.ufsm.br/LA/issue/feed Literatura e Autoritarismo 2025-03-27T17:00:04-03:00 Rosani Ketzer Umbach revista.la@ufsm.br Open Journal Systems <p style="text-align: justify;">A Revista <strong>Literatura e Autoritarismo </strong>é um periódico publicado desde 2003. Está vinculado às atividades do Grupo de Pesquisa CNPq Literatura e Autoritarismo e ao Programa de Pós-Graduação em Letras. Tem o objetivo de promover o debate e a discussão de questões como violência, autoritarismo, violação de direitos humanos, exclusão e preconceito racial e sexual no âmbito da produção cultural, especialmente a literária, adotando uma perspectiva interdisciplinar com outras áreas do conhecimento que possibilitem o aprofundamento e a reflexão sobre essas temáticas. Para atender a esse propósito, publica, em português, espanhol, inglês ou alemão, textos teóricos, artigos, ensaios, entrevistas e resenhas – sempre de material inédito e com autoria de pelo menos um pesquisador com titulação de doutor – em que tais assuntos apareçam em obras literárias e em outras produções culturais, tais como letras de músicas, filmes, fotografias, pinturas. Está registrado em vários indexadores internacionais como DOAJ, JCR, WOS, PKP, entre outros.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 1679-849X | Qualis/CAPES (2017-2020) = A4</strong></p> https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/85052 Reflexões acerca da migração e da diáspora africana na biografia de Mahommah Gardo Baquaqua 2024-07-31T22:51:27-03:00 Vinicius Marangon vinicius.marangon@acad.ufsm.br Anselmo Peres Alós anselmoperesalos@gmail.com <p>Este trabalho propõe uma reflexão acerca das noções de migração, diásporas e fronteiras, com base em Friedman (2007), na biografia de Mahommah Gardo Baquaqua, bem como discute a importância da obra para a construção e ancoragem de uma memória coletiva acerca dos horrores vividos pelos escravizados, a partir das contribuições de Halbwachs (1990). Além disso, reflete-se, a partir de Woodward (2000), sobre a formação identitária desse sujeito em migração compulsória e, a partir de Vertovec (2004), acerca dos efeitos da colonização na vida e na visão de mundo do biografado. Em linhas gerais, o estudo evidencia que o testemunho de Mahommah permite repensar o passado histórico envolvendo a escravização e ressignificá-lo no presente, dada a raridade e importância de um relato que, apesar da intervenção de um mediador branco, oferece uma perspectiva interna dos acontecimentos envolvendo a escravização em solo brasileiro.</p> 2025-03-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Vinicius Marangon, Anselmo Peres Alós https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/84490 O mito de Cam: usos racistas de uma narrativa bíblica 2024-07-30T23:39:00-03:00 Andrei Gimenes Hardtke andrei_hardtke@hotmail.com Uruguay Cortazzo González urudur@hotmail.com <p>A partir de um estudo bibliográfico, o presente artigo tem como objetivo evidenciar alguns usos do mito bíblico de Cam, vinculado à escravidão, ao branqueamento e usos políticos atuais. Tais usos estão ligados a diferentes momentos históricos e sociais, que vão moldando a história brasileira e que refletem no nosso cenário atual. A partir dessas relações, vão-se construindo diferentes usos do Mito de Cam e argumentos que sustentam discursos presentes atualmente para validação do preconceito e do racismo religioso.</p> 2025-03-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Andrei Gimenes Hardtke, Uruguay Cortazzo González https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/88026 Resistência feminina no conto “A Mãe de um Rio”, de Agustina Bessa-Luís: reflexões sobre memória, ancestralidade e mito 2024-07-21T23:27:23-03:00 Jose Reinaldo Alves Barros Filho josereinaldobarros@gmail.com Augusto Sarmento-Pantoja augustos@ufpa.br <p>Este artigo analisa elementos ligados à memória, à ancestralidade e ao mito, presentes no conto A Mãe de Um Rio, enquanto mecanismos de resistências ante a hegemonia de uma ancestralidade mítica masculina, fundada e mantida a partir do monopólio e do controle da memória. À luz desse pressuposto, pensaremos esta categoria a partir do conceito de memória de enquadramento, postulado por Michael Pollak (1989) em seu artigo Memória, Esquecimento e Silêncio, a qual é organizada por dispositivos de controle, objetivando a produção e a manutenção de uma memória coletiva. Sob esse viés, nossa análise gira em torno das estratégias de resistências imanentes ao fazer artístico - problematizadas por Alfredo Bosi (1996), e subsidiadas teoricamente por Walter Benjamin (1987). No que tange ao caráter ético e ao ofício do(a) escritor(a), outra referência fundamental para nossa análise está na correlação entre os conceitos de resistência das existências e resistência como desvio, desenvolvidos, respectivamente, por Augusto Sarmento-Pantoja (2022) e Tânia Sarmento-Pantoja (2022). As análises apontam para a existência de um conjunto de estratégias de resistências no conto, as quais, a partir das ações das personagens, questionam os valores hegemônicos masculinos, destinados a subalternizar às existências femininas.</p> 2025-03-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Jose Reinaldo Alves Barros Filho, Augusto Sarmento-Pantoja