A casca em si: Sobre a relação entre a filosofia da música de Schopenhauer e o pensamento musical romântico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633790

Palavras-chave:

Música, Romantismo, Tonalidade, Forma

Resumo

Um dos principais pontos de apoio das interpretações que afirmam a relação entre o pensamento de Schopenhauer e o movimento romântico é a sua filosofia da música, comumente vista como expressão filosófica do movimento musical romântico. Esta última vinculação, por sua vez, costuma apoiar-se nas afirmações schopenhauerianas acerca do significado da música, que estariam em concordância com as concepções dos músicos e pensadores da música românticos a esse respeito. O texto a seguir procurará abordar este tema a partir de outro caminho: ao invés de considerar o significado que o filósofo atribui à música, tentarei examinar o significado que ele atribui ao termo “música”, ou seja, colocar-meei a questão sobre o tipo específico de arte musical que o filósofo tem em mente ao refletir sobre música em seus escritos. A partir desse exame, concluo ser insustentável a vinculação entre o pensamento musical de Schopenhauer e o do romantismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Márcio Benchimol Barros, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, SP

Doutor em Filosofia pela Unicamp. Professor de Estética e Filosofia da Arte do Departamento de Filosofia da UNESP.

Referências

SCHOPENHAUER, A. Schopenhauers Sämtliche Werke. Hrsg. von Paul Deussen. München, Piper Verlag, 1911-1926. In: CD-ROM Schopenhauer im Kontext, Werkausgabe I, Berlin, Karsten Worm, 2001.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação I. Trad. Jair Barboza. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação II. Trad. Jair Barboza. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

FUBINI, E. Estética da música. Lisboa: Edições 70, 2012.

HOFFMANN, E. T. A. Beethovens Instrumentalmusik. In: Kreisleriana. Stuttgart: Reclam, 2010.

HÜBSCHER, A. Der Philosoph der Romantik. In: Schopenhauer-Jahrbücher, 1951-1952.

KÜHN, C. Formenlehre. Kassel: Bärenreiter, 2010.

NIETZSCHE, F. Die Geburt der Tragödie. In: Kritische Studienausgabe (KSA), vol.1, edição de Colli e Montinari, Berlin-New York: Walter de Gruyter, 1978.

PLANTINGA, L. Romantic Music. New York-London: W.W. Norton & Company, 1984.

PROD’HOMME, J. G. Les Symphonies de Beethoven. Paris: Librairie Ch. Delagrave, 1926.

RAMEAU, J. Ph. Traité de l'harmonie, réduite à ses principes naturels. Paris: Meridiens Klincksieck, 1986.

RAMEAU, J. Ph. Treatise on Harmony. Trad. Philip Gosset. New York: Dover Publications, 1071.

WAGNER, R. Beethoven. In: Sämtliche Schriften und Dichtungen. Band 9, Leipzig: Breitkopf & Härtel, 1911.

PASCHA, K. S. Gefrorene Musik - Das Verhältnis von Architektur und Musik in derästhetischen Theorie. Doktorarbeit – Technischen Universität Berlin, 2004.

Downloads

Publicado

2015-12-01

Como Citar

Barros, M. B. (2015). A casca em si: Sobre a relação entre a filosofia da música de Schopenhauer e o pensamento musical romântico. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 6(2), 30–53. https://doi.org/10.5902/2179378633790

Edição

Seção

Artigos