Inconsciente, intencionalidade e natureza: a dialética morganática entre naturalismo e transcendentalismo na metafísica da vontade de Schopenhauer
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378633989Palavras-chave:
Naturalismo, Transcendentalismo, InconscienteResumo
Tendo como inspiração a recepção do jovem Nietzsche da metafísica da vontade, as reflexões apresentadas neste trabalho acompanham, por uma perspectiva sistemática, as diversas dificuldades com as quais Schopenhauer se depara na tentativa de compatibilizar os pressupostos metafísicos de sua filosofia da natureza com o idealismo subjetivo de cunho kantiano professado por ele. O fio condutor de nossa investigação é a relação entre as noções de inconsciente, vontade, representação e natureza. Pretendemos mostrar que uma formulação consequente do naturalismo implicado em sua teoria dos graus de objetivação da vontade exige um ultrapassamento do quadro do idealismo subjetivo kantiano rumo a um idealismo objetivo. Ao fim do trabalho discutimos algumas das teses centrais de Rudolf Malter sobre o lugar do transcendentalismo no sistema schopenhauriano.Downloads
Referências
BARBERA, S. Eine Quelle der frühen Schopenhauer-Kritik Nietzsches. Rudolf Hayms Aufsatz „Arthur Schopenhauer“. In: SCHIRMER, A.; SCHMIDT, R. (Hrsg.) Entdecken und Verraten. Zu Leben und Werk Friedrich Nietzsches. Weimar: Verlag Hermann Böhlaus Nachfolger, 1995.
BRANDÃO, E. A concepção de matéria na obra de Schopenhauer. São Paulo: Humanitas, 2008.
GARDNER, S. Schopenhauer, Will, and the Unconscious. In: Janaway, C. (Hrsg.) The Cambridge Companion to Schopenhauer. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
GÖDDE, G. Traditionslinien des „Unbewußten“. Schopenhauer – Nietzsche – Freud. Gießen: Psychosozial-Verlag, 2009.
JANAWAY, C. Self and World in Schopenhauer's Philosophy. Oxford: Clarendon Press, 1989.
KANT, I. Kritik der reinen Vernunft. Hamburg: Felix Meiner Verlag, 1998.
LANGBEHN, C. Metaphysik der Erfahrung. Zur Grundlegung einer Philosophie der Rechtfertigung beim frühen Nietzsche. Würzburg: Königshausen & Neumann, 2005.
LOPES, R. Ceticismo e vida contemplativa em Nietzsche. Tese de doutorado. Belo Horizonte: UFMG, 2008.
MALTER, R. Arthur Schopenhauer. Transzendentalphilosophie und Metaphysik des Willens. Stuttgart – Bad Cannstatt: Frommann-Holzboog, 1991.
MALTER, R. Arthur Schopenhauer. Schopenhauers Transzendentalismus. In: Midwest Studies in Philosophy, 8, 1983.
NIETZSCHE, F. Werke. Kritische Gesamtausgabe (KGW). Bd. I/4. Hrsg. v. G. Colli und M. Montinari. Berlin. New York: Walter de Gruyter, 1995.
NIETZSCHE, F. Werke. Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe (KSA). Bd. 7. Hrsg. v. G. Colli und M. Montinari. Berlin: Walter de Gruyter, 1999.
SCHMIDT, A. Schopenhauer und der Materialismus. In: Schopenhauer-Jahrbuch, 58, 1977.
SCHMIDT, A. Physiologie und Transzendentalphilosophie bei Schopenhauer. In: Schopenhauer-Jahrbuch, 70, 1989.
SCHOPENHAUER, A. Sämtliche Werke. Hrsg. v. Paul Deussen. München: Piper Verlag, 1911-1926. (Werke auf CD-ROM: Schopenhauer im Kontext).
SCHOPENHAUER, A.O mundo como vontade e como representação. Trad. Jair Barboza. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original.
A Voluntas é um periódico de acesso aberto sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).