A interpretação de Schopenhauer do cristianismo
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378633954Palavras-chave:
Religião, Pessimismo, AteísmoResumo
Esse artigo se propõe a analisar e interpretar o pensamento de Schopenhauer sobre o cristianismo. Como toda religião, o cristianismo possui, segundo o pensador, “duas caras, uma muito amigável e outra muito obscura” (P/P II, p. 425). A primeira delas engloba, para o filósofo, as lições da “caridade, generosidade, amor ao inimigo, resignação e abnegação da Vontade, que no Ocidente são entendidas como completamente próprias do cristianismo” (P/P II, p. 428). A segunda, conforme o autor, abarca a “astúcia sacerdotal” da identificação dos mitos à verdade literal, a carência dessa religião de uma ética animal, o ofuscamento de sua ética pelas cerimônias estatuárias e pela violência religiosa contra outras religiões, a filosofia e o conhecimento, entre outros elementos. Contribuir com a distinção de ambos os lados do cristianismo - ao respeito com o primeiro e à sublimação do segundo - a partir da abordagem proposta está entre os principais objetivos desse artigo.Downloads
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