Os desafios no cotidiano de estudantes universitários com deficiência: barreiras ou facilitadores?

Autores

  • Elenice Moreira Arrué Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Taísa Gomes Ferreira Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Aline Sarturi Ponte Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Miriam Cabrera Corvelo Delboni Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583438725

Palavras-chave:

Pessoas com Deficiência, Barreiras Arquitetônicas, Terapia Ocupacional

Resumo

Tendo em vista o expressivo número de pessoas com alguma deficiência e o crescimento da população idosa faz-se necessário a realização de pesquisas que contemplem a necessidade das pessoas com deficiência, como o direito de ir e vir e de praticar a sua cidadania. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento dos acadêmicos ingressantes em uma Instituição de Ensino Superior – IES do Sul do Brasil pelas Ações Afirmativas B e identificar as barreiras arquitetônicas ou urbanísticas encontradas por estes. Caracteriza-se como um estudo quantitativo, realizado através de um levantamento de dados secundários do Núcleo de Acessibilidade da Instituição, no período de novembro de 2014. Foi realizada análise descritiva dos com o auxílio do Software Statistica 9. E a análise dos dados relacionados barreiras arquitetônicas e urbanísticas realizou-se um comparativo entre a realidade encontrada nas edificações e as exigências da NBR – 9050. No ano de 2013 ingressaram pelas Ações Afirmativas B 233 acadêmicos, deste total 155 estavam matriculados regularmente; a unidade universitária com o maior número de ingressantes foi o Centro de Ciências da Saúde – CCS com 42 acadêmicos; e curso de Medicina é o mais procurado pelos concorrentes (22 acadêmicos). Os facilitadores encontraram-se guias rebaixadas, rampas, barras de apoio, banheiros adaptados. Quanto as Barreiras calçadas sem guias rebaixadas, piso tátil colocado de forma inadequada, calçamento irregular, elevador antigo, escadas com degraus irregular e piso liso. Verificaram-se facilitadores além da diminuição das barreiras físicas até o local de um dos centros. Porém, percebe-se que muitas barreiras precisam ser extintas para o melhor desempenho ocupacional nas atividades de vida prática destes acadêmicos, pois estes obstáculos acabam gerando impedimentos como a dificuldade de acesso das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

Arrué, E. M., Ferreira, T. G., Ponte, A. S., & Delboni, M. C. C. (2019). Os desafios no cotidiano de estudantes universitários com deficiência: barreiras ou facilitadores?. Saúde (Santa Maria), 45(2). https://doi.org/10.5902/2236583438725

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