A PESQUISA CIENTÍFICA NOS DEGRAUS DA BIOÉTICA
DOI:
https://doi.org/10.5902/1981369424336Palavras-chave:
Dignidade, Instituições, Obrigação mútua, Temas de Bioética, Vulnerabilidade.Resumo
O presente artigo busca refletir sobre as conexões entre a bioética e a dignidade humana, principalmente dentro do âmbito da pesquisa científica. Por esta ótica, entende-se que a dignidade humana deve ser um direito e, igualmente, uma obrigação de uns com os outros, um princípio de responsabilidade que deve ser difundido pedagogicamente entre as ciências, as artes e as profissões. Com efeito, o motivo determinante é o bem da coletividade, devendo este ser garantido pelo ordenamento jurídico, e, acima deste, que se torne o conteúdo moral da ação do indivíduo nas suas relações sociais. É imprescindível conceber uma perspectiva na qual os valores humanos e conhecimentos biológicos podem ser produzidos com engajamento ético. Este argumento concretiza o bojo deste trabalho ao pensar em obrigações correlacionadas e no esquecimento desses compromissos de uns com outros, por parte da comunidade científica.
Downloads
Referências
ARISTÓTELES. A Política. Brasília: UnB, 1985.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Atlas, 2009.
BACON, F. Novum Organum ou Verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
BEAUCHAMP, T. L.; CHILDRESS, J. F. Princípios de ética biomédica. São Paulo: Loyola, 2002.
BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1985.
BUBER, M. Eu e tu. São Paulo: Centauro, 2001.
CANTON FILHO, F. Bem jurídico penal. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
CINTRA, A.; GRINOVER, A; DINAMARCO, C. Teoria geral do processo. São Paulo: Malheiros, 2010.
COMTE, A. Curso de filosofia positiva. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
DESCARTES, R. Discurso do método. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, MEDICINA E NUTRIÇÃO. Brasília: Diário Oficial da União, 3 out. 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ces1133.pdf. Acesso em: 10 jun. 2015.
EDLER, F. C. O debate em torno da medicina experimental no segundo reinado. In: Manguinhos, Vol. III (2), 1996.
FREUD, S. O mal-estar na civilização. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
FROMM, E. Ter ou ser? Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo: Unesp: Imprensa Oficial, 2001.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: UNESP, 1999.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. Lisboa: Edições 70, 2011.
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.
LEÃO, E. C. Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1991.
LOUREIRO, L. S. Constituição da República: anotada. São Paulo: Oliveira Mendes, 1998.
LÖWY, M. As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento. São Paulo: Busca Vida, 1987.
MACEDO, R. M. Renúncia à arte: ensaio sobre a razão utilitária da medicina contemporânea. São Paulo: Escrituras, 2014.
MARX, K. O Capital: crítica da economia política. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
MÉSZAROS, I. O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo, 2004.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 1789. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html. Acesso em: 11 jan. 2016.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal de Direitos Humanos. 1948. Disponível em: http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf. Acesso em: 11 jan. 2016.
ORTEGA Y GASSET, J. Meditações do Quixote. São Paulo: Livro Ibero-Americano, 1967.
PLATÃO. A República. São Paulo: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
POTTER, V. R. Bioética: ponte para o futuro. São Paulo: Loyola, 2016.
POTTER, V. R. Global bioethics: Building on the leopold legacy. Michigan: Michigan State Press, 1988.
ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Brasília: UnB, 1985.
SCHWEITZER, A. Filosofia da civilização: queda e reconstrução da civilização: civilização e ética. São Paulo: Unesp, 2013.
SMITH, A. Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1980.
SMITH, A. Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
SOUZA, J. A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: LeYa, 2015.
TOURAINE, A. Crítica da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1997.
WELLS, H. G. A Ilha do Dr. Moreau. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
ZIMBARDO, P. O Efeito Lúcifer: como pessoas boas se tornam más. Rio de Janeiro: Record, 2007.
ZOLA, E. O romance experimental e o naturalismo no teatro. São Paulo: Perspectiva, 1984.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.