Fiandografia: entre bordados, leituras, escritas... experimentações, numa pesquisa em educação
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734823503Parole chiave:
Escrita, Leitura, Fiandografia, Pesquisa em educaçãoAbstract
Trato nesse artigo de expor o recorte de uma pesquisa de doutorado em educação que se constituiu de experimentações entre leituras e escritas. A Fiandografia, nome dado a esse processo, procurou pensar e operar modos de escrileituras, cujas materialidades passaram a envolver a co-habitação de linhas, bordados, cores, aproximações com teias e aranhas: devires-animal, mulher, criança, múltiplos e imperceptíveis. Fiandar, verbo criado para movimentar a construção das relações entre leitura e escrita, compôs uma trama-tecido, passível e aberta, que foi dando corpo à pesquisa, como um caminho, um tracejar-tecer-costurar fios de escrita numa pesquisa em educação. O que pode uma Fiandografia? Um pouco sobre desorganizar as ideias, a obrigatoriedade de uma pesquisa, certezas e determinações sobre os usos da linguagem. Portanto, um movimento de desaprender no próprio percurso do processo. Desaprender sobre modos de ler, de escrever, de ser, falar, sentir e pensar em educação.
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