Sobre aprender com o cinema

Autores

  • Alice Fátima Martins Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734828783

Palavras-chave:

Cinema, Percepção, Narrativa, Aprendizagens

Resumo

Desde a sessão pública inaugural do cinema, em Paris, até o início deste século XXI, o cinema ocupou, progressivamente, tanto as complexas estruturas da indústria do entretenimento, passando pelas searas do sistema da arte, penetrando os espaços da vida quotidiana coletiva ordinária. Os realizadores de filmes, em várias escalas, recontam histórias, tomando parte ativa na reconfiguração das visões do mundo contemporâneo. Neste trabalho, propõe-se discutir alguns pontos de uma certa pedagogia social exercida pela linguagem cinematográfica. Para tanto, pretende-se ultrapassar as recorrentes discussões a respeito das relações entre cinema e educação, que, em geral, privilegiam pensar o cinema como recurso pedagógico a ser adotado dentre as estratégias de ensino das matérias escolares. Nesse sentido, se reconhece, nas narrativas fílmicas, uma instância que atravessa a vida quotidiana, inclusive as escolas, indo, contudo, muito além delas. A pergunta orientadora das questões apontadas, portanto, é “o que temos aprendido com o cinema?” Para tanto, o cinema é pensado como prática social, em vista tanto daqueles que produzem filmes quanto dos que se apropriam de suas histórias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alice Fátima Martins, Universidade Federal de Goiás

Professora na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG), no curso de Licenciatura em Artes Visuais e no Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual. Bolsista de produtividade em pesquisa pelo CNPq. Pesquisadora associada do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/UFRJ). Autora dos livros Saudades do Futuro: a ficção científica no cinema e o imaginário social sobre o devir (Editora UnB, 2013), e Catadores de sucata da indústria cultural (Editora UFG, 2013)

Referências

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994.

CATELLI, Rosana Elisa. Dos "Naturais" ao documentário: o cinema educativo e a educação do cinema, entre os anos de 1920 e 1930. Programa de Pós-Graduação em Multimeios. Campinas: UNICAMP. Tese de doutorado, 2007.

DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Ed. 34, 1998

EDWARD Scissorhands. Edward Mãos de Tesoura. Filme. Diretor: Tim Burton. Duração: 105min. EUA, 1990.

FUGUET, Alberto. Os filmes de minha vida. Rio de Janeiro: Agir, 2005.

PINHEIRO, Maria Adalgisa Pereira. Cinema e educação: modelos internacionais, impressos e intelectuais no Brasil no início do século XX. Programa de Pós-Graduação em Educação. Vitória: UFES, 2015. Tese de doutorado.

STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas: Editora Papirus, 2003.

TOULET, Emmanuelle. O cinema, invenção do século. São Paulo: Objetiva, 1988.

VIDAL, Diana G.; ARAUJO, José Carlos S.; MIGUEL, Maria Elisabeth B. (eds.). Reformas educacionais: as manifestações da Escola Nova no Brasil, 1920 a 1946. Uberlândia: EDUFU, 2011.

Downloads

Publicado

2017-08-25

Como Citar

Martins, A. F. (2017). Sobre aprender com o cinema. Revista Digital Do LAV, 10(2), 006–016. https://doi.org/10.5902/1983734828783