Entrelaçando fios de saberes socioambientais e indígenas na formação inicial de professores da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644471034Palavras-chave:
Saberes indígenas tradicionais;, Saberes socioambientais;, Formação inicial de professores.Resumo
Este artigo resulta de uma dissertação de mestrado, cujo objetivo foi investigar de que forma os saberes indígenas tradicionais podem contribuir na construção de saberes socioambientais junto aos estudantes dos cursos de Licenciatura em Biologia e em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - Campus Guajará-Mirim. Como base teórica para discutir a racionalidade e o saber ambiental, foram adotados estudos de Leff (2006, 2009, 2012), Gonçalves (2006, 2020) e Carvalho (2012) e, no que concerne ao universo dos saberes indígenas tradicionais e suas relações com o meio ambiente, autores como Munduruku (2009), Baniwa (2006), Krenak (2020) entre outros. A metodologia usada foi a pesquisa-ação, na perspectiva de Thiollent (2011). Buscou-se promover aproximações de saberes, verificando-se de que forma a troca de vivências e experiências entre dois mundos (indígena e não indígena) pode colaborar para o desenvolvimento de uma educação ambiental crítica e efetiva, participativa e mobilizadora. Para tanto, foram realizadas diversas atividades, tais como oficina de trançados de cestarias Wari’ e rodas de conversas com lideranças indígenas e educadores ambientais. Os resultados revelaram que essas aproximações podem contribuir significativamente para a construção de saberes socioambientais e para a superação de paradigmas socioambientais, potencializando reflexões, estimulando a formação de sujeitos mais ecológicos e conscientes, capacitando futuros educadores ambientais desde a formação inicial.
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