O modo de ser surdo não incapacitado: um discurso em funcionamento nas escolas de surdos
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644466212Palavras-chave:
Surdo, Subjetivação, Currículo.Resumo
A Educação de Surdos vem sendo investigada a partir de diversas perspectivas teóricas, constituindo análises que auxiliam na compreensão da surdez em contexto educacional. Esta investigação pretendeu compreender os modos de ser surdo em funcionamento nos discursos presentes nos Regimentos Escolares e Projeto Político Pedagógicos de escolas de surdos no Rio Grande do Sul. Neste artigo, referindo-se a um recorte da supracitada pesquisa, aborda um destes modos de ser surdo, que está pautado nos discursos que entendem o sujeito surdo enquanto um indivíduo não incapacitado. A partir de uma teorização foucaultiana, procedeu-se uma análise, de forma a estudar os discursos que fabricam um modo de ser surdo a partir da perspectiva de uma não incapacitação. Trata-se de um assujeitamento do surdo enquanto um indivíduo correlativo à governamentalidade neoliberal, um indivíduo que, para se inserir na sociedade, precisa esforçar-se para incluir-se e superar as barreiras daquilo que é compreendido como uma incapacitação física.
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