Infancias sin fronteras: migración, amistad e interculturalidad entre niños bolivianos y brasileños

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644489523

Palabras clave:

Migración, Amistad, Educación Infantil

Resumen

El artículo tiene como objetivo contribuir a los estudios sobre la migración internacional en la infancia, a la educación de los niños desde la infancia y a las políticas públicas para la población migrante. Se trata de una investigación cualitativa realizada con una clase de niños bolivianos y brasileños de 4 años de edad en una Escuela Municipal de Educación Parvularia de la ciudad de São Paulo, utilizando el registro de la bitácora del profesor-investigador con acciones interculturales entre niño-niño, adulto-niño, así como dibujos infantiles y observación participante. A partir de los análisis, se puede destacar que las amistades son un aspecto representativo de las diferencias en las experiencias de niñas y niños de diferentes nacionalidades dentro de las culturas infantiles. Juntos los niños bolivianos y brasileños transgredieron las barreras del espacio educativo, construyeron arreglos lingüísticos, corporales, afectivos para las relaciones étnico-raciales y de género, percepciones sobre el fenómeno de la migración y el refugio en la infancia vivida en tiempos de resistencia contra la barbarie.

Biografía del autor/a

Artur Oriel Pereira, Universidade de São Paulo

Doutor em Ciências na Linha Corporalidades, Alteridades, Territórios e Modos de Existência (PPGHDL/FFLCH/USP), com foco em estudos sobre migração e refúgio, infâncias, amizades, educação intercultural e antirracista, interseccionalidade, decolonialidade. Mestre em Educação na Linha Ciências Sociais e Educação (PPGE/FE/UNICAMP). Especialista em Sociopsicologia pela Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais (FESPSP). Pedagogo. Beletrista. Professor efetivo na Rede Municipal de Educação de São Paulo (RME/SP). Pesquisador do Grupo de Pesquisa Temáticas, narrativas e representações árabes, africanas, asiáticas e sul-americanas e de comunidades diaspóricas (USP/CNPq) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa NAP Brasil África (USP/CNPq). 

Citas

ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

ALEXANDRE, Ivone Jesus. A presença das crianças migrantes haitianas nas escolas de Sinop/MT: o que elas visibilizam da escola? Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos/SP, 2019.

BARACHI, Claudia. Amicizia. Milano: Ugo Mursia Editore, 2017.

BANO, Issaka Maïnassara. Por uma construção cultural: crianças e adolescentes refugiados africanos em São Paulo. 102f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP, 2019.

BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Culturas infantis: contribuições e reflexões. Revista Diálogo Educacional, [S. l.], v. 14, n. 43, p. 645–667, 2014.

BHABHA, Jacqueline. Child Migration and Human Rights in a Global Age. Princeton: Princeton University Press, 2014.

BRAGA, Adriana de Carvalho Alves. Imigrantes latino-americanos na escola municipal de são paulo: sin pertenencias, sino equipaje - formação docente, o currículo e cultura escolar como fontes de acolhimento. 293 f. Tese (Doutorado em Educação, Arte e História da Cultura). Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019.

BRUNER, Jerome. La educación, puerta de la cultura. Madrid: Visor, 1997.

CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo e educação: desafios para a prática pedagógica. In: MOREIRA, Antonio Flávio; CANDAU, Vera Maria (Orgs.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

CORSARO, William Arnold. Sociologia da Infância. Trad. Lia Gabriele Regius Reis. Porto Alegre: Artmed, 2011.

DIAS, Lucimar Rosa. Considerações para uma educação que promova a igualdade étnico-racial das crianças nas creches e pré-escolas. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 9, n. 2, p. 557-595, 2015.

FERREIRA, Manuela. Do “avesso” do brincar ou... as relações entre pares, as rotinas da cultura infantil e a construção da(s) ordem(ens) social(is) instituinte(s) das crianças no jardim-de-infância. In: SARMENTO, M. J.; CERISARA, A. B., (Ed.). Crianças e Miúdos: Perspectivas Sociopedagógicas da Infância e Educação. Porto: Edições ASA, 2004. p. 55-104.

FOUCAULT. Michel. Vigiar e punir: história das violências nas prisões. 9 ed. Petrópolis: Vozes, 1991.

FOUCAULT. Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

GOBBI, Márcia Aparecida. Mundos na ponta do lápis: desenhos de crianças pequenas ou de como estranhar o familiar quando o assunto é criação infantil. Linhas Críticas, Brasília, DF, v. 20, n. 41, p. 147-165, jan./abr. 2014.

GONÇALVES, Carolina Abrão. Ser criança imigrante boliviana na Ocupação Prestes Maia: o cotidiano e os sonhos da infância. 194f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de. Linguagem, cultura e alteridade: imagens do

outro. Cadernos de Pesquisa, n 107, p. 41-78, julho/1999.

HOOKS, Bell. Vivendo de amor. In: WERNECK, Jurema; MENDONÇA, Maisa; WHITE, Evelyn Corliss (Orgs.). O livro da saúde das mulheres negras. Nossos passos vêm de longe. Rio de Janeiro: Pallas: Criola, p. 188-198, 2000.

LORDE, Audre. Zami, a new spelling of my name. Crossing, 1982.

LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MAGALHÃES, Giovanna Modé. Fronteiras do direito humano à educação: um estudo sobre os imigrantes bolivianos nas escolas públicas de São Paulo. 184 f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

MARTINS FILHO, Altino José. Práticas de socialização entre adultos e crianças, e elas entre si, no interior da creche. Pró-posições, v.19, n.1 (55), jan./abr. 2008.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. 6ª.ed. São Paulo: N-1, 2018.

MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona, 2017.

MUNANGA, Kabengele. A questão da diversidade e da política de reconhecimento das diferenças. Revista Crítica e Sociedade, Uberlândia, v. 4, n. 1, p. 34-45, 2014.

NETO, Otávio Cruz. O trabalho de campo como descoberta e criação. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org). Pesquisa Social. 23 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

NORÕES, Kátia. De criança a migrante, de migrante a estrangeira: reflexões sobre a educação pública e as migrações internacionais. In: MAZZA, Débora; NORÕES, Kátia (Orgs.). Educação e Migrações Internas e Internacionais: um diálogo necessário. Jundiaí, SP: Paco editorial, 2016.

OIM. Glossário sobre Migrações. Direito Internacional da Migração, n. 22. 2009.

PECSI E FUSARO, Karin. Infância refugiada: mediação e agência de crianças sírias no Distrito Federal. 117f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas. Instituto de Ciências Sociais, Universidade Federal de Brasília, Brasília/DF, 2019.

PEREIRA, Artur Oriel. Brincadeira e amizade na educação infantil. Revista de Estudos em Educação e Diversidade - REED, [S. l.], v. 2, n. 6, p. 1-25, 2021a.

PEREIRA, Artur Oriel. "Bonjour, comment ça va?": uma experiência docente com crianças imigrantes senegalesas. Dossiê - Migrações Internacionais e Infâncias.. Zero-a-Seis, Florianópolis, v. 23, n. 43, p. 949-966, jan./jun., 2021b.

PEREIRA, Artur Oriel. Amigues: um estudo interseccional das práticas de amizade entre as crianças pequenas na educação infantil. 146 f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP, 2020.

POLETTI, Fulvio. L’educazione interculturale. San Giustino: La nuova Italia, 1992.

QVORTRUP, Jens; CORSARO, William Arnold.; HONIG, Michael-Sebastien. The Palgrave handbook of childhood studies. Palgrave: Macmillan, 2011.

RESSTEL, Cizina Célia Fernandes Pereira. Desamparo psíquico nos filhos de Dekasseguis no retorno ao Brasil. 363f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis/SP, 2014.

ROGOFF, Bárbara. A natureza cultural do desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2005.

SANTIAGO, Flavio. Crianças migrantes dos países africanos na educação infantil paulistana: entre o acolhimento e a exclusão. Childhood & Philosophy, Rio de Janeiro, v. 18, ago. 2022, p. 01-25.

SAYAD, Abdelmalek. A imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: EDUSP, 1998.

SESTINI, Ana Elisa. Interação social e comunicação na primeira infância. 257f. Tese (Doutorado). Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

UNICEF GLOBAL DATABASE. International Migrant Stock. United Nations Department of Economic and Social Affairs, Population Division, 2020.

VIGOTSKI, Lev Semionovitch. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009.

WALDMAN, Tatiana Chang. O acesso à educação escolar de imigrantes em São Paulo: a trajetória de um direito. 236 f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

ZABALZA, Miguel Angel. Diários de aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Publicado

2025-05-07

Cómo citar

Pereira, A. O. (2025). Infancias sin fronteras: migración, amistad e interculturalidad entre niños bolivianos y brasileños. Educación, 50(1), e63/1–33. https://doi.org/10.5902/1984644489523