Fazer ciência de forma diferente para um desenvolvimento humano e social saudável? Relato e análise de uma experiência
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644485360Palavras-chave:
Forma diferente ciencia, narrativas biografias em saúde, refiguração, pesquisa-formaçãoResumo
À medida que entramos no Antropoceno, precisamos considerar, juntamente com Stengers (2020) e Latour (2021), as relações entre os seres humanos e o mundo da vida, para que possamos trabalhar juntos para encontrar modus vivendi que sejam viáveis para todos no longo prazo e, ao mesmo tempo, pensar em novas formas de fazer ciência para ajudar a promover a democracia na área da saúde. Isso implica mudanças epistemológicas, metodológicas, éticas e políticas que reconheçam diferentes formas de verdade, entre o conhecimento médico nosográfico, por um lado, e, por outro, o aprendizado exclusivo das pessoas que vivem com uma doença/incapacidade crônica, suas famílias e os cuidadores que as apoiam diariamente. Acreditamos que ouvir suas vozes ajudará a aprimorar os serviços de saúde médico-sociais e preventivos. O Study Day (2023), organizado na esteira de nossa pesquisa sobre as alavancas e os obstáculos à participação dos atores mais diretamente envolvidos nas questões de cuidados (pacientes, familiares e cuidadores), inaugurou uma nova maneira de fazer ciência, graças às "leituras dramatizadas" feitas por duas atrizes de trechos de textos dessa pesquisa. A análise das seleções e performances apresentadas neste artigo tem como objetivo explorar com mais profundidade a refiguração das narrativas biográficas com o intuito de fornecer subsídios para cursos de treinamento no campo da saúde ou para o treinamento inicial e contínuo de pessoas interessadas nessas questões.Referências
ARTIERES, Philippe. Archives en danger : les archives des associations de lutte contre le sida. Gazette des archives, vol. 194, p. 106-116, 2004.
AUJOULAT, Isabelle, SANDRIN, Brigitte. Et si on pensait l’éducation thérapeutique dans une logique de promotion de la santé… ? Revue Santé Education, vol. 19, p. 50-56, 2019.
ARBORIO, Sophie. Savoirs, incertitudes et expériences en santé – Exemples en périnatalité et dans les - épilepsies sévères. Rapport d’Habilitation à diriger des recherches. Université de Lorraine, 2017.
BISSONNETTE, Joëlle. Vivre ou suivre la méthode ? Le dilemme de l’entretien. Revue Recherches Qualitatives, p. 227-231, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.3917/ems.mori.2019.01.0227. Acesso em 21 jul. 2023.
BLONDIAUX, Loic. Le nouvel esprit de la démocratie. Actualité de la démocratie participative. Paris : Seuil, 2008.
BONINO, Sylvia. Vivre la maladie : ces liens qui me rattachent à la vie. Bruxelles : De Boeck, 2008.
DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. Mille Plateaux. Paris : Minuit. 1980.
FERRY-DANINI, Juliette. Une critique de l’humanisme en médecine. La « Médecine narrative » et la « phénoménologie de la médecine » en question. Thèse Sorbonne Université, sous la direction de D. Andler, le 17 juin 2019.
FERRY-DANINI, Juliette. La médecine narrative face à l’impossible singularité des récits. Revue de la Société de Philosophie des Sciences, vol. 7, n°2, p. 1-6, 2020.
GOFFMAN, Ervin. Stigmate. Les usages sociaux des handicaps. Paris: Minuit, 1975.
HUBERT, Bruno. Le Droit à l’écriture. Une éthique de la délicatesse au service de la démocratie face à l’anthropocène. Paris : Téraèdre. 2023.
HUSSERL, Edmund. Méditations cartésiennes. Paris : Vrin [1929/1980].
JANNER-RAIMONDI, Martine, BAEZA, Carole, ARBORIO, Sophie, FONTAINE, Cécile. Recherches Participatives en Santé. Paris : Téraèdre. 2023 (à paraître).
JANNER-RAIMONDI, Martine. Prise en compte des expériences vécues : de la chair des corps à l’intercorporéité dans le monde commun de la vie. Questions vives-Recherche en éducation, n°34, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.4000/questionsvives.5213. Acesso em 21 jul. 2023.
JANNER-RAIMONDI, Martine. Visages de l’empathie en éducation. Nîmes : Champs Social, 2017.
JOUFFRAY, Claire. Développement du pouvoir d’agir des personnes et des collectifs. Une nouvelle approche de l’intervention sociale. Rennes : Presses de l’EHESP, 2018.
KITZINGER, Jenny., MARKOVA, Ivana, KALAMPALIKIS, Nikos. Qu’est-ce que les focus groups ? Bulletin de psychologie, Groupe d’étude de psychologie, 57 (3), p. 237-243, 2004.
LACHENAL, G., LEFEVE, C., & NGUYEN, V. K. La médecine du tri (Vol. n° 6). Les Cahiers du centre Georges Canguilhem, Éd. PUF, 2014.
LATOUR, Bruno. Habiter la terre. Entretien avec Nicolas Truong. Paris : Eds Les liens qui libèrent, 2022.
LEFEUVRE, Karine, OLLIVIER, Roland. La démocratie en santé en question(s). Rennes : Presses de l’EHESP, 2018.
LEVINAS, Emmanuel. Hors sujet. Paris : Fata Morgna, 1987.
LOIGNON, Christine., DUPÉRÉ, Sophie, GODRIE, Baptiste, LEBLANC, Caroline. Dés-élitiser la recherche pour favoriser l’équité en santé. Les recherches participatives avec des publics en situation de pauvreté en santé publique. Revue Éthique publique vol. 20, n° 2 | 2018, Disponível em: http://journals.openedition.org/ethiquepublique/4058. Acesso em 21 jul. 2023.
MARCUM, James A. Reflections on humanizing biomedicine. Perspectives in Biology and Medicine, vol. 51, n° 3, p. 392 405, 2008.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Phénoménologie de la perception. Paris : Gallimard, 1945.
PINK, Sarah. Walking with video. Revue Visual studies, 22 (3), p. 240-252, 2007.
RANCIERE, Jacques. La haine de la démocratie. Paris : La Fabrique, 2007.
SAINT PIERRE, Elizabeth Adams. Post qualitative research : The critique and the coming after. The SAGE handbook of qualitative research, 4, p. 611-626, 2011.
STENGERS, Isabelle. Réactiver le sens commun. Lecture de Whitehead en temps de débâcle. Paris : La Découverte, 2020.
RICŒUR, Paul. Temps et récit, I, II, III. Paris : Seuil, 1983-1985.
ROSANVALLON, Pierre. La contre-démocratie. La politique à l’âge de la défiance. Paris : Seuil, 2006.
SAOUT, Christian. La démocratie en santé. Comprendre et s’engager. Rennes : EHSP, 2022.
VAN DEN BROUCKE, Stephan. Health literacy: a critical concept for public health. Archives of Public Health, vol. 72, p. 1-2, 2014.
VYGOTSKI, Lev Seminovitch. La conscience comme problème de la psychologie du comportement. Revue Société française, n°50, p. 35-49, 1925/1994.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2024 Educação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
Declaramos o artigo _______________________________ a ser submetido para avaliação o periódico Educação (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).
_______________________________________________________
Nome completo do primeiro autor
CPF ________________