Educação Popular e Resistência: as escolas populares de saúde no Timor-Leste
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644434613Palavras-chave:
Educação Popular, Epistemologias do Sul, Timor-Leste.Resumo
Timor-Leste é considerada a primeira democracia a se estabelecer como tal no século XXI. Com a invasão indonésia em 1975, houve investimento na construção de escolas - desde a educação infantil até o ensino superior - baseadas em um ensino ideologicamente integracionista e opressor. Em contrapartida, internamente a luta pela restauração da independência contra a invasão indonésia liderada pela Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, iniciou-se um processo de Educação Popular que teve grande influência teórica de Paulo Freire, Mao Tsé-Tung e Amílcar Cabral. Esse processo estava ligado à conscientização política e ao conhecimento cotidiano dos próprios educandos em prol de um ensino contextualizado às necessidades de luta. Dentre as manifestações dessa pedagogia, destacam-se no presente artigo, as escolas populares de saúde, que por meio dos conhecimentos externos (ciência moderna) somados aos saberes locais a Timor, criaram-se centros de saúde, onde eram produzidos medicamentos, oferecidos serviços de saúde à população e realizada a formação de paramédicos para atuarem em meio guerrilha. O objetivo do presente estudo será de realizar apontamentos acerca da educação popular em Timor-Leste, com destaque para as escolas populares de saúde, bem como realizar uma leitura epistemológica. Assim, o presente artigo caracteriza-se como um estudo historiográfico que tem como dados fontes distintas (provenientes da literatura e empíricos oriundos das entrevistas). De forma mais específica, a coleta de dados, deu-se por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas semi-estruturadas com os principais envolvidos na Educação Popular atual de Timor-Leste.Referências
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