O DISCURSO DOS “NATIVOS DIGITAIS” NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA AMAZÔNIA OESTE PARAENSE
DOI:
https://doi.org/10.5902/2675995085877Palavras-chave:
Cultura digital, Nativos digitais, Formação inicial de Formação inicial de professores na AmazôniaResumo
Desde que surgiu, há mais de duas décadas, o termo “nativos digitais”, cunhado por Marc Prensky, tornou-se expressão genérica para se referir aos novos sujeitos da cultura digital. Muitas análises e críticas foram feitas ao termo, evidenciando problemáticas discursivas, principalmente no campo educacional, espaço utilizado pelo autor para ilustrar seus argumentos. Neste sentido, a pesquisa problematiza o termo “nativos digitais”, analisando-o desde a sua gênese até as aplicações discursivas no meio acadêmico em um Curso de formação de professores na Amazônia Oeste Paraense, a fim de compreender os limites de utilização do termo “nativos digitais” nas realidades educacionais amazônidas, considerando as identidades emergentes na sociedade em rede e as descrições identitárias dos sujeitos nomeados de “nativos digitais” na perspectiva de Prensky. A abordagem metodológica da pesquisa é constituída pelo aprofundamento do referencial teórico, combinado à pesquisa de campo em uma Licenciatura em Informática Educacional na Amazônia Oeste Paraense, sendo os participantes da pesquisa os professores do magistério superior e os licenciandos. Os resultados convergem para a necessária compreensão e discussão dos fenômenos identitários pós-modernos, valorizando e ampliando os debates sobre cultura digital na formação de professores amazônidas, assim como na necessária cautela sobre as generalizações discursivas que enquadram e padronizam os sujeitos, limitando os debates em torno da diversidade identitária.
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