O DISCURSO DOS “NATIVOS DIGITAIS” NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA AMAZÔNIA OESTE PARAENSE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2675995085877

Palavras-chave:

Cultura digital, Nativos digitais, Formação inicial de Formação inicial de professores na Amazônia

Resumo

Desde que surgiu, há mais de duas décadas, o termo “nativos digitais”, cunhado por Marc Prensky, tornou-se expressão genérica para se referir aos novos sujeitos da cultura digital. Muitas análises e críticas foram feitas ao termo, evidenciando problemáticas discursivas, principalmente no campo educacional, espaço utilizado pelo autor para ilustrar seus argumentos. Neste sentido, a pesquisa problematiza o termo “nativos digitais”, analisando-o desde a sua gênese até as aplicações discursivas no meio acadêmico em um Curso de formação de professores na Amazônia Oeste Paraense, a fim de compreender os limites de utilização do termo “nativos digitais” nas realidades educacionais amazônidas, considerando as identidades emergentes na sociedade em rede e as descrições identitárias dos sujeitos nomeados de “nativos digitais” na perspectiva de Prensky. A abordagem metodológica da pesquisa é constituída pelo aprofundamento do referencial teórico, combinado à pesquisa de campo em uma Licenciatura em Informática Educacional na Amazônia Oeste Paraense, sendo os participantes da pesquisa os professores do magistério superior e os licenciandos. Os resultados convergem para a necessária compreensão e discussão dos fenômenos identitários pós-modernos, valorizando e ampliando os debates sobre cultura digital na formação de professores amazônidas, assim como na necessária cautela sobre as generalizações discursivas que enquadram e padronizam os sujeitos, limitando os debates em torno da diversidade identitária.

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Biografia do Autor

Narelly Tavares Rodrigues e Melo, Centro Universitário Luterano de Santarém

Pedagoga (CEULS ULBRA - 2009), Mestra em Educação (UFOPA - 2022), Especialista em Tecnologias Digitais Aplicadas à Educação (ULBRA - 2022) e Especialista em Gestão Escolar (CEULS ULBRA - 2011). Atualmente é professora no Centro Universitário Luterano de Santarém (CEULS ULBRA Santarém), fazendo parte do Núcleo Docente Estruturante das Licenciaturas da Ulbra Santarém. Possui experiência na área de Educação, com ênfase na Formação de Professores, Gestão Escolar, Coordenação Pedagógica, Coordenação de Polo EAD, Coordenação e Docência em Informática Educacional, Docência na Educação Básica e Ensino Superior. 

José Ricardo e Souza Mafra, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade do Estado do Pará (1999), Mestrado (2003) e Doutorado (2006) em Educação, área de concentração em Educação Matemática, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA e professor permanente do Programa de Pós-graduação em Educação  PPGE/UFOPA. 

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Publicado

2024-09-06

Como Citar

Melo, N. T. R. e, & Mafra, J. R. e S. (2024). O DISCURSO DOS “NATIVOS DIGITAIS” NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA AMAZÔNIA OESTE PARAENSE. Revista Tecnologias Educacionais Em Rede (ReTER), 5(1), e8/1–21. https://doi.org/10.5902/2675995085877