Por uma ética dos afetos: "Os anões", de Veronica Stigger

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148531868

Schlagworte:

Veronica Stigger, Experimentalismo, Afetos, Ética, Literatura brasileira contemporânea

Abstract

Neste estudo, analisa-se como a escrita experimentalista levada a cabo na configuração de Os anões (2010), de Veronica Stigger, produz um desmascaramento da normalidade cotidiana, seus códigos e normas, ao mesmo tempo em que uma rede de afetos se manifesta como potência crítica relacionada à escritura e à experimentação, capaz de interromper os fluxos regulados da experiência social, apontando, deste modo, para uma ética dos afetos como um imperativo contemporâneo, em sua obra.

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografie

Wanderlan da Silva Alves, Universidade Estadual da Paraíba

Doutor em Letras (2014) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de São José do Rio Preto (UNESP/SJRP), onde também cursou Mestrado em Letras (2011) e Graduação em Letras – Português/Espanhol (2008). Atualmente, é professor de Literaturas Hispânicas da Universidade Estadual da Paraíba. É membro da Latin American Studies Association (LASA), da Associação Brasileira de Hispanistas (ABH) e dos Grupos de Pesquisa “Experiência e experimentalismo na narrativa contemporânea” (UNESP) e “Trânsitos teóricos e deslocamentos epistêmicos: feminismo(s), estudos de gênero e teoria queer” (UFSM). Coordena o Grupo de Estudos de Literatura e Crítica Contemporâneas (GELCCO), cadastrado no CNPq e certificado pela UEPB. É editor-assistente da revista Olho d’água (ISSN 2177-3807) e um dos editores-chefes da revista Sociopoética (ISSN 1980-7856), além de prestar consultarias ad hoc para periódicos nacionais e internacionais. É docente permanente do Programa de Pós-graduação em Literatura e Interculturalidade (PPGLI/UEPB), atuando nas linhas de pesquisa “Literatura, Memória e Estudos Culturais” e “Literatura Comparada e Intermidialidade”. Seus principais temas de interesse acadêmico são: Narrativa moderna e contemporânea na América Latina, Crítica literária contemporânea na América Latina, Literatura e Cultura de massa, Mixagem de gêneros escriturais e Literatura e Pensamento crítico.

Literaturhinweise

BIGNOTTO, N. As fronteiras da ética: Maquiavel. In: NOVAES, A. (org.) Ética. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 155-174.

BROOKS, P. The Melodramatic Imagination: Balzac, Henry James, Melodrama and the Mode of Excess. New Haven: Yale University Press, 1995.

BUTLER, J. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

CERA, F. O estranho porvir de Veronica Stigger. In: XII Congresso Internacional da ABRALIC, 2011, Curitiba. Centro, Centros Ética, Estética, 2011. p. 1-6.

CLOUGH, P. T. Introduction. In: CLOUGH, P. T.; HALLEY, J. (eds.). The Affective Turn: Theorizing the Social. Durham, NC: Duke University Press, 2007. p. 1-33.

DÉBORD, G. A sociedade do espetáculo. 2003. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.com/eLibris/socespetaculo.html .

DELEUZE, G. Derrames entre el capitalismo y la esquizofrenia. Trad. Equipo editorial Cactus. Buenos Aires: Cactus, 2005.

DIAS, A. M. Obsessões e desvarios na obra de Veronica Stigger. Alea, v. 13, n. 1, p. 154-167, 2011.

DIDI-HUBERMAN. O que vemos, o que nos olha. Trad. Paulo Neves. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2010.

FRENKEL, E. Artes em contato, experiência e afecção. Olho d’água, São José do Rio Preto, v. 9, n. 2, p. 52-67, jun./dez., 2017.

FREUD, S. O estranho. In: FREUD, S. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Edição Standard). v. XVII. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, s./d.

GARRAMUÑO, F. Depois do sujeito: formas narrativas contemporâneas e vida impessoal. Estudos de literatura brasileira contemporânea, n. 50, p. 102-111, 2017.

GIANOTTI, J. A. Moralidade pública e moralidade privada. In: NOVAES, A. (Org.) Ética. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 336-345.

HERRERO, M. Máquinas y artefactos de profanar. Estrategias para una reactivación de lo improductivo. Olho d’água, São José do Rio Preto, v. 9, n. 2, p. 82-104, 2017.

HULLOT-KENTOR, R. Em que sentido exatamente a indústria cultural não mais existe. In: DURÃO, F. A.; ZUIN, A. VAZ, A. F. A indústria cultural hoje. São Paulo: Boitempo, 2008. p. 17-27.

LUDMER, J. Literaturas posautónomas. Ciberletras – Revista de crítica literaria y de cultura, n. 17, 2007. Disponível em: http://www.lehman.cuny.edu/ciberletras/v17/ludmer.htm. Acesso em: 10 ago. 2010.

LUDMER, J. Notas para Literaturas posautónomas III. 2010. Disponível em: http://josefinaludmer.wordpress.com/2010/07/31/notas-para-literaturas-posautonomas-iii/. Acesso em 20 de ago. 2014.

NEGRI, A.; HARDT, M. Value and Affect. Boundary 2, v. 26, n. 2, p. 77-88, 1999.

RANCIÈRE, J. Será que a arte resiste a alguma coisa? In: LINS, D. (Org.). Nietzsche, Deleuze, arte, resistência. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2007. p. 126-140.

STIGGER, V. Os anões. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

SUSSEKIND, F. Objetos verbais não identificados. O Globo, 21 set. 2013. Disponível em: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2013/09/21/objetos-verbais-naoidentificados-um-ensaio-de-flora-sussekind-510390.asp . Acesso em 21 set. 2013.

Veröffentlicht

2018-11-28

Zitationsvorschlag

Alves, W. da S. (2018). Por uma ética dos afetos: "Os anões", de Veronica Stigger. Letras, (57), 11–28. https://doi.org/10.5902/2176148531868