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“Em troca de um salário que era pouco mais do que nada”: violência sistêmico-simbólica e precarização do trabalho em “Passageiro do fim do dia”, de Rubens Figueiredo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148542921

Palavras-chave:

Literatura brasileira contemporânea, Precarização do trabalho, Violência sistêmica, Slavoj Žižek

Resumo

O artigo propõe uma hipótese de leitura da narrativa Passageiro do Fim do Dia, do escritor Rubens Figueiredo, articulando a taxonomia de manifestações de violência estabelecida pelo filósofo Slavoj Žižek com a compreensão de que o capital financeiro tornou-se fração hegemônica da dinâmica de acumulação capitalista contemporânea, tendo como propósito investigar e explicitar como os procedimentos artísticos da narrativa formalizam esteticamente o processo histórico-social da reestruturação produtiva do capital na dinâmica socioeconômica brasileira contemporânea, no que tange à precarização do trabalho. Desse modo, focaliza-se a personagem Rosane, demonstrando que a violência sistêmico-simbólica presente na narrativa está caracterizada pelas implicações da precarização do trabalho e do fetiche da mercadoria ocasionadas pela atual lógica do capital financeiro.

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Biografia do Autor

Rafael Lucas Santos da Silva, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Realiza doutoramento na área de Estudos Literários, na Linha de Pesquisa Literatura e Historicidade, pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá - UEM. É Mestre em Letras, na área de Estudos Literários (UEM). Desenvolve pesquisa sobre o pensamento de Slavoj Zizek e suas aplicações aos Estudos Literários.

Marisa Corrêa Silva, Professora associada no Departamento de Teorias Línguísticas e Literárias (DTL) da Universidade Estadual de Maringá.

Fez graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas, mestrado em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita, e doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem pós-doutorado na Rutgers - the State University of New Jersey. Hoje é professora associada no Departamento de Teorias Línguísticas e Literárias (DTL) da Universidade Estadual de Maringá.  É pioneira no Brasil na aplicação sistemática do materialismo lacaniano de Slavoj Zizek e de Alain Badiou na análise literária, bem como no desenvolvimento de metodologia para efetuar tal aplicação. Atualmente, é vice-presidente da ANPOLL (gestão 2018-2020).

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Publicado

2021-06-15 — Atualizado em 2022-08-01

Versões

Como Citar

Santos da Silva, R. L., & Corrêa Silva, M. (2022). “Em troca de um salário que era pouco mais do que nada”: violência sistêmico-simbólica e precarização do trabalho em “Passageiro do fim do dia”, de Rubens Figueiredo. Letras, (61), 377–398. https://doi.org/10.5902/2176148542921 (Original work published 15º de junho de 2021)