Elementos para a discussão do conceito de gênero oral

Autores

  • José Gaston Hilgert Universidade Presbiteriana Mackenzie/UPM São Paulo SP

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148538794

Palavras-chave:

Enunciação, Gênero textual, Gênero oral, Oralidade medial, Oralidade conceptual

Resumo

O texto apresenta elementos para discussão do conceito de gênero oral. Retoma, com enfoque crítico, a proposta dos alemães Koch e Oesterreicher, que, para além da dicotomia fala e escrita mediais, preconizam uma oralidade e uma escrita conceptuais. Segundo ela, os gêneros distribuem-se, independentemente de sua expressão medial, num continuum que se estende dos gêneros precipuamente orais aos propriamente escritos, fazendo-se a distinção entre eles com base numa gradação de traços de oralidade e de escrita. Como contribuição crítica, propõe-se a possibilidade de definir oralidade e escrita como estratégias enunciativas projetadas nos enunciados para a produção de efeitos de sentido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Gaston Hilgert, Universidade Presbiteriana Mackenzie/UPM São Paulo SP

Programa de Pós Graduação em Letras

Referências

AGEL, Vilmos e HENNIG, Mathilde. Überlegungen zur Theorie und Praxis des Nähe- und Distanzsprechens. In:______ (org). Grammatik aus Nähe und Distanz: Theorie und Praxis am Beispiel von Nähetexten. Tübingen: Niemeyer. 2006, pp. 1650–2000.

ANDROUTSOPOULOS, Jannis K. “Neue Medien – neue Schriftlichkeit?”. Mitteilungen des Deutschen Germanistenverbandes, 2007, n. 1, pp. 72–97.

BAKHTIN, Mikahil. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, pp. 261-306.

BASTOS NETO, Adalberto. O modo de presença da rede social: interação e visibilidade no Facebook. Tese de doutorado. 2018.

DÜRSCHEID, Christa. E-Mail: eine neue Kommunikationsform? In: MORALDO, Sandro M. (org.). Internet.kom Sprach-und kommunikationsformen im WorldWideWeb. Edição italiana e alemã. Vol. 2 - Medialität, Hypertext, digitale Literatur. Rom: Aracne, 2011, pp. 39-70.

______. Nähe, Distanz und neue Medien – In: FEILKE, Helmuth und HENNIG, Mathilde (org.). Zur Karriere von “Nähe und Distanz”: Rezeption und Diskussion des Koch-Oesterreicher-Modells. Berlin/Boston: de Gruyter, 2016, pp. 357-385.

FEHRMANN, Gisela & LINZ, Erika. Eine Medientheorie ohne Medien? Zur Unterscheidung von konzeptioneller und medialer Mündlichkeit und Schriftlichkeit. In: BIRK, Elisabeth / SCHNEIDER, Jan G. (org.) Philosophie der Schrift. Tübigen: Max Niemeyer, 2009, p. 123-143.

KNOPP, Matthias. Mediale Räume zwischen Mündlichkeit und Schriftlichkeit: Zur Theorie und Empirie sprachlicher Handlungsformen. (Tese), 2013. Disponível em http://kups.ub.uni-koeln.de (Acesso em 16.6.2019).

KOCH, Peter e OESTERREICHER, Wulf. 30 Jahre “Sprache der Nälhe - Sprache der Distanz”. Zu Anfängen und Entwicklung von Konzepten im Feld von Mündllichkeit und Schriftlichkeit. In: FEILKE, Helmuth e HENNIG, Mathilde (org). Zur Karriere von “Nähe und Distanz”: Rezeption und Diskussion des Koch-Oesterreicher-Modells, 2016, p. 11-72.

______. Gesprochene Sprache in der Romania: Französisch, Italienisch, Spanisch. 2. ed. atualizada e ampliada. Berlin/New York: de Gruyter, 2011 (1990)

______. Schriftlichkeit und kommunikative Distanz. Zeitschrift für germanistische Linguistik, 2007, 35, pp. 346–375.

______. Schriftlichkeit und Sprache. In: GÜNTHER, Hartmut/ LUDWIG, Otto (org.): Schrift und Schriftlichkeit: ein interdisziplinäres Handbuch internationaler Forschung. An Interdisciplinary Handbook of International Research. Vol. 1. Berlin/New York: de Gruyter, 1994, pp. 587–604.

______. Sprache der Nähe – Sprache der Distanz. Mündlichkeit und Schriftlichkeit im Spannungsfeld von Sprachtheorie und Sprachgeschichte. Romanistisches Jahrbuch, 1985, 36, pp. 15–43.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.1. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

RAMOS, Graciliano. Cartas. 8. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2011.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos et alii. Gêneros orais: conceituação e caracterização. Olhares & trilhas. Gêneros orais: caracterização e ensino. Organização de Travaglia, L. C. Vol. 19, no. 2, jul/dez 2017, p. 12-24.

ZEMAN‚ Sonja. “Mündlichkeit” ist nicht gleich “Mündlichkeit”: Implikationen für eine Theorie der Gesprochenen Sprache. In: HAGEMANN, Jörg; KLEIN, Wolf P. e STAFFELDT, Sven (org.). Pragmatischer Standard. Tübigen: Stauffenburg Verlag 2013, pp. 191-205.

Downloads

Publicado

2020-08-04 — Atualizado em 2022-08-03

Versões

Como Citar

Hilgert, J. G. (2022). Elementos para a discussão do conceito de gênero oral. Letras, 15–34. https://doi.org/10.5902/2176148538794 (Original work published 4º de agosto de 2020)