Discapacidad, Reconocimiento y (In)Justicia: notas sobre la situación de las mujeres con discapacidad encarceladas y de las encarceladas madres de personas con discapacidad en Brasil

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984686X67647

Palabras clave:

Deficiência, Encarceramento Feminino, Justiça como Reconhecimento

Resumen

Las contradicciones y opresiones invisibles palpitan si prestamos atención a la situación de las mujeres, especialmente de las discapacitadas o madres de discapacitados, en el sistema penitenciario brasileño. El contexto penitenciario reproduce una sociedad sexista, patriarcal y conservadora, excluyendo las especificidades que conforman el universo de las mujeres, ya sea en relación con la orientación sexual, la raza, la edad, la discapacidad, la maternidad, la nacionalidad, etc. A la luz de la justicia como reconocimiento y utilizando la investigación documental y bibliográfica, reflexionamos sobre cómo el olvido de la diversidad de experiencias de reconocimiento vulnera las identidades y niega derechos básicos a las mujeres encarceladas con discapacidad, así como a las madres encarceladas de personas con discapacidad. Nuestro objetivo fue investigar si existe una falta de reconocimiento de estas mujeres expresada por la precariedad de los datos, estudios e indicadores, que en consecuencia esconde violaciones en el acceso a los derechos básicos de estas mujeres y de su descendencia. El argumento está estructurado en dos ejes, a saber: a) un análisis crítico de la invisibilidad de los estudios sobre las mujeres con discapacidad y las madres encarceladas de personas con discapacidad en Brasil a la luz de la justicia como reconocimiento; b) un estudio de caso sobre los derechos (y las violaciones) de las madres encarceladas de personas con discapacidad con base en el Colectivo Habeas Corpus 165.704, que señala la sustitución de la prisión preventiva por la prisión domiciliaria de las madres de niños menores de 12 años y de personas con discapacidad. Enmarcar la situación de estas mujeres en términos de justicia como reconocimiento revierte el carácter relacional de la justicia y, a partir de ahí, refuerza esta necesaria discusión sobre la estructuración de nuestro ethos social, que nos hace capacitadores y legitimadores de una sociedad que castiga a las personas por lo que son, no por lo que hacen.

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Biografía del autor/a

Jacqueline de Souza Gomes, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

Professora pós-doutora da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.

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Publicado

2021-12-27

Cómo citar

Gomes, J. de S. (2021). Discapacidad, Reconocimiento y (In)Justicia: notas sobre la situación de las mujeres con discapacidad encarceladas y de las encarceladas madres de personas con discapacidad en Brasil. Revista De Educación Especial, 34, e71/1–25. https://doi.org/10.5902/1984686X67647

Número

Sección

Dossiê – Deficiência e Interseccionalidade: culturas, políticas e práticas educacionais em debate

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