A percepção das mães sobre a volição de crianças com paralisia cerebral para o engajamento em ocupações do cotidiano infantil

Autores

  • Alyne Kalyane Câmara de Oliveira Universidade Federal de São Carlos / Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial
  • Maria Luísa Guillaumon Emmel Universidade Federal de São Carlos / Professora Associada do Departamento de Terapia Ocupacional, do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional e do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984686X9325

Palavras-chave:

Paralisia Cerebral, Volição, Educação Especial.

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/1984686X9325

 

Volição, como a vontade em se envolver/realizar atividades cotidianas, é considerada pré-requisito do fazer humano. Nas crianças com necessidades especiais, como as com paralisia cerebral (PC) que experimentam déficits no controle sensório-motor e músculo-esquelético, a volição pode atuar como característica influente para o seu engajamento em ocupações. A família é uma importante mediadora no processo volicional infantil, contudo, faltam investigações sobre sua influência na volição de crianças com necessidades especiais. Objetivou-se identificar como as mães percebem e lidam com a volição da criança com PC para realizarem atividades do cotidiano nas áreas escolar, brincar e autocuidado. Participaram 6 mães de crianças com PC, entre 6 e 9 anos, níveis I e IV do GMFCS, em uma unidade saúde-escola do interior Paulista, as quais responderam uma entrevista semiestruturada, baseada no The Volitional Questionary. A partir da análise de conteúdo, emergiram 3 eixos temáticos: a) percepção das mães sobre a volição das crianças;  b) percepção das mães sobre o seu papel no processo volicional das crianças e c) estratégias utilizadas pelas mães para incentivar as crianças a desenvolverem a volição. Resultados mostraram que as mães percebem a relação volição da criança versus envolvimento nas atividades e a importância delas na volição infantil para atividades que julgam relevantes, principalmente as escolares formais e do autocuidado, com menor consideração para as do brincar. Essas mães buscam implementar formas de incentivo, mas revelaram conhecimento limitado sobre estratégias de estimulação da volição, mostrando a necessidade de investimentos de educação em saúde para a orientação desses familiares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alyne Kalyane Câmara de Oliveira, Universidade Federal de São Carlos / Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial

Terapeuta Ocupacional graduada pela Universidade Potiguar (UnP), Mestre em Terapia Ocupacional pelo Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (PPGTO-UFSCar), Especialista em Intervenção em Neuropediatria e em Terapia da Mão/Reabilitação do Membro Superior também pela UFSCar. Foi docente do curso de graduação em Terapia Ocupacional da UFSCar entre 2011 e 2012. Atualmente é Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs-UFSCar).

Maria Luísa Guillaumon Emmel, Universidade Federal de São Carlos / Professora Associada do Departamento de Terapia Ocupacional, do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional e do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial

É graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade de São Paulo, Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos e Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Foi uma das criadoras do curso de Terapia Ocupacional e do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar, de onde é Professora Associada nível 4. Criou o Laboratório de Atividade e Desenvolvimento da UFSCar, em 1990, nucleando pesquisas de docentes, alunos de graduação e de pós graduação. Compôs o grupo que elaborou o projeto do Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional, aprovado em 2009 pela CAPES. Assumiu cargos administrativos, entre eles os de Coordenadora de curso de graduação, Chefe de Departamento, Diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde e Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal de São Carlos (2004-2008). Tem experiência nas áreas de Terapia Ocupacional e de Educação Especial, atuando principalmente com os seguintes temas: ocupação humana, uso do tempo, formação e capacitação em terapia ocupacional e acessibilidade. É docente do Programa de Pós Graduação em Educação Especial e do Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional da UFSCar.

Downloads

Publicado

2014-04-11

Como Citar

Oliveira, A. K. C. de, & Emmel, M. L. G. (2014). A percepção das mães sobre a volição de crianças com paralisia cerebral para o engajamento em ocupações do cotidiano infantil. Revista Educação Especial, 27(48), 185–200. https://doi.org/10.5902/1984686X9325

Edição

Seção

Artigos – Demanda contínua

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)