Diferentes modelos para o afilamento do tronco de <i>Eucalyptus</i> sp. para o cenário florestal brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509840376

Palavras-chave:

Multiprodutos, Técnicas de modelagem, Sortimento, Forma do tronco

Resumo

As funções de afilamento são ferramentas úteis para estimar diâmetros de toras e volumes comerciais de madeira a quaisquer alturas, sendo de grande importância para os empreendimentos florestais que buscam a otimização do uso de suas florestas. Este trabalho teve como objetivo avaliar modelos de afilamento segmentados, não segmentados e modelos de forma variável para estudo do afilamento do tronco de árvores de Eucalyptus sp. Com uma base de dados proveniente de um plantio de Eucalyptus sp. localizado no sul do estado de São Paulo aos 6,3 anos de idade, os modelos de afilamento testados foram: os modelos não segmentados de Ormerod (1973) e de Schöepfer (1966), o modelo segmentado de Max e Burkhart (1976), e os modelos de forma variável de Muhairwe (1999), Methol (2001) apud Rachid et al. (2014) e de Kozak (2004). Os volumes reais foram calculados utilizando-se o método de Smalian. O modelo de Kozak (2004) obteve as melhores medidas de precisão para estimativa dos diâmetros, já a equação de Muhairwe (1999) demonstrou os melhores resultados gráficos de dispersão de resíduos para a mesma estimativa. Para a estimativa volumétrica, a equação que obteve os melhores resultados foi a proposta por Methol (2001) apud Rachid et al. (2014), com as melhores medidas de precisão e melhor comportamento gráfico, com menores tendências e dispersão mais concentrada dos resíduos.

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Biografia do Autor

Lucas Kröhling Bernardi, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP

Engenheiro Florestal, Me., Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Uso de Recursos Renováveis, Departamento de Ciências Ambientais, Universidade Federal de São Carlos, Rodovia João Leme do Santos, km 110, CEP18052-780, Sorocaba (SP), Brasil.

Monica Fabiana Bento Moreira Thiersh, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP

Engenheira Agrícola, Dra., Professora do Departamento de Administração, Centro de Ciências em Gestão e Tecnologia, Universidade Federal de São Carlos, Rod. João Leme do Santos, km 110, CEP 18052-780, Sorocaba (SP), Brasil.

Argemiro José Moreno Arteaga, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB

Engenheiro Ambiental, Me., Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Meteorologia, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande, Av. Aprígio Veloso, 882, Bairro Universitário, CEP 58429-140, Campina Grande (PB), Brasil.

Alessandro Araujo Amaral de Almeida, Eucatex, Sorocaba, SP, Brasil

Engenheiro Florestal, Me., Analista de Planejamento e Inventário Florestal na Eucatex, Av. Betânia, 1000, Jardim Betânia, CEP 18051-590, Sorocaba (SP), Brasil.

Franciane Andrade de Pádua, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP

Engenheira Florestal, Dra. Professora do Departamento de Ciências Ambientais, Centro de Ciências e Tecnologias Para a Sustentabilidade, Universidade Federal de São Carlos, Rod. João Leme do Santos, km 110, CEP 18052-780, Sorocaba (SP), Brasil.

Cláudio Roberto Thiersch, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP

Engenheiro Florestal, Dr. Professor do Departamento de Ciências Ambientais, Centro de Ciências e Tecnologias Para a Sustentabilidade, Universidade Federal de São Carlos, Rod. João Leme do Santos, km 110, CEP 18052-780, Sorocaba (SP), Brasil.

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Publicado

06-09-2021

Como Citar

Bernardi, L. K., Thiersh, M. F. B. M., Arteaga, A. J. M., Almeida, A. A. A. de, Pádua, F. A. de, & Thiersch, C. R. (2021). Diferentes modelos para o afilamento do tronco de <i>Eucalyptus</i> sp. para o cenário florestal brasileiro. Ciência Florestal, 31(3), 1364–1382. https://doi.org/10.5902/1980509840376

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