RELAÇÕES HÍDRICAS E SOLUTOS ORGÂNICOS EM PLANTAS JOVENS DE <i>Jatropha curcas</i> L. SOB DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509822735Parole chiave:
deficit hídrico, osmorregulação, parâmetros fisiológicos.Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar as relações hídricas e os solutos orgânicos em plantas de Jatropha curcas L. submetidas a deficit hídrico e cultivadas em casa de vegetação. O delineamento foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos hídricos (T1 -100%, T2 - 80%, T3 - 60% e T4 - 40% da Capacidade de Pote) e seis repetições, durante 120 dias. Foi avaliado o potencial hídrico foliar (Ψf), teor relativo de água, teores de clorofila a, b e total, carotenoides e a estimativa desses pigmentos pelo medidor de clorofila (SPAD). Para a avaliação bioquímica foram quantificados os teores de carboidratos, proteínas, aminoácidos e prolina nas folhas aos 60, 90 e 120 dias, e no final do experimento foram avaliados os mesmos solutos nas raízes. Houve diferença significativa entre os tratamentos para Ψf nas três épocas de avaliação e entre os tratamentos. As plantas com 60% e 40% CP apresentaram valores mais negativos em relação às plantas-controle ao meio-dia. Aos 120 dias, o tratamento T4 apresentou uma redução de 22,2% no teor relativo de água em relação ao controle. Os carotenoides, aos 120 dias, oscilaram entre 0,29 a 0,39 mg/g MF. Os aminoácidos e carboidratos aumentaram nas folhas do tratamento com 80% Capacidade de Pote aos 120 dias de diferenciação hídrica. Aos 60, 90 e 120 dias, a clorofila a apresentou um aumento no T4 em relação ao controle. Os teores de clorofila pelo o Índice SPAD variaram de (26,1 a 34,5). Os resultados obtidos sugerem que a Jatropha curcas é uma espécie tolerante à seca e com grandes potencialidades econômicas para o semiárido brasileiro.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ARRUDA F. P. et al. Cultivo de Pinhão manso (Jatropha curcas L.) como alternativa para o semi-árido nordestino. Revista Brasileira de Oleaginosas e fibrosas, Campina Grande, v. 8, p. 789-799, 2004.
AZEVEDO NETO, A. D. Aspectos fisiológicos e bioquímicos do estresse salino em plantas de milho. 2005. 149 f. Tese (Doutorado em Bioquímica) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza 2005.
BATES L. S. et al. Rapid determination of free proline forwater-stress studies. Plant Soil, Dordretch, v. 39, p. 205-207, 1973.
BRADFORD, M. M. A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram quantities of protein utilizing the principle of protein-dye binding. Analytical Biochemistry, New York, v. 72, p. 248-254, 1976.
CARVALHO, A. P. F. et al. Variações sazonais nas concentrações de pigmentos e nutrientes em folhas de espécies de cerrado com diferentes estratégias fenológicas. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 1, p. 19-27, 2007.
CARVALHO, C. J. R. Respostas de plantas de Schizolobium amazonicum [S. parahyba var. amazonicum] E Schizolobium parahyba [Schizolobium parahybum] à deficiência hídrica. Revista Árvore, Viçosa, v. 29, p. 907-914, 2005.
DUBOIS, M. et al. Colorimetric method for determination of sugars and related substances. Analytical Chemistry, Washington, v. 28, p. 350-356, 1956.
EGERT, M.; TEVINI, M. Influence of drought on some physiological parameters symptomatic for oxidative stress in leaves of chives (Allium schoenoprasum). Environmental and Experimental Botany, Holanda, v. 48, p. 43-49, 2002.
GRACIANO, E. S. A. et al. Crescimento e capacidade fotossintética da cultivar de amendoim BR 1 sob condições de salinidade. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 15, n. 8, p. 794-800, 2011.
HANSON, A. D. Interpreting the metabolic responses of plants to water stress. HortScience, Alexandrina, v. 5, p. 623-629, 1980.
LARCHER, W. Ecofisiologia Vegetal.. São Carlos. Ed. Rima, 2006. 531 p.
LICHETENTHALER, H. K.; BUSCHAMANN, C. Chlorophylls and Carotenoids: measurement and Characterization by UV-VIS Spectroscopy. Current Protocols in Food Analytical Chemistry, New York, p. F4:3.1-F4:3.8, 2001.
LUIS, R. M. F. C. B. Respostas de Jatropha curcas L. ao déficit hídrico, caracterização bioquímica e ecofisiológica. 2009. 62 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agronômica) – Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2009.
MARTINS, M. O. Aspectos fisiológicos de nim indiano sob déficit hídrico em condições de casa de vegetação. 2008. 84 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2008.
MATOS, F, S. et al. Caracterização fisiológica de mudas de Jatropha curcas L. produzidas em diferentes níveis de irradiância. Revista Colombiana de Ciências Hortícolas, v. 3, n. 1, p. 126-134, 2009.
NEPOMUCENO, A. L. et al. Tolerância à seca em plantas: Mecanismos fisiológicos e moleculares. Revista Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento, Brasília, v. 23, p. 12-18, 2001.
NOGUEIRA, R. J. M. C. et al. Alterações na resistência à difusão de vapor das folhas e relações hídricas em aceroleiras submetidas a déficit de água. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal v. 13, p. 75-87, 2001.
NOGUEIRA, R. J. M. C.; SANTOS, R. C. Alterações fisiológicas no amendoim submetido ao estresse hídrico. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Bodocongó, v. 4, p. 41-45, 2000.
OPENSHAW, K. A review of Jatropha curcas: an oil plant of unfulfilled promise. Biomass and Bioenergy, Silver Spring, v. 19, p. 1-15, 2000.
PIMENTEL, C. A relação da planta com a água. Seropédica: Editora Universitária, 2004. 19 p.
SARKER, B. C.; HARA, M.; UEMURA, M. Proline synthesis, physiological responses and Biomas yield of eggplants during and after repetitive soil moisture stress. Scentia Horticulturae, v. 103, p. 387-402, 2005.
SATO, M. et al. A cultura do pinhão-manso (Jatropha curcas L.) uso para fins combustiveis e descrição agronômica, Revista Varia Scientia v. 7, n. 13, p. 47-62, 2009.
SATURNINO, H. M. et al. Cultura do pinhão manso (Jatropha curcas L.). Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 26, n. 229, p. 44-78, 2005.
SCHOLANDER, P. F. et al. Sap pressure in vascular plants. Science, Washington, v. 148, p. 339-346, 1965.
SILVA, E. C. et al. Aspectos ecofisiológicos de dez espécies em uma área de caatinga no município de Cabaceiras, Paraíba, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 59, p. 201-205, 2004.
SILVA, J. R. R. Comportamento ecofisiológico de plantas jovens de andiroba (Carapa guianensis Aubl.) sob dois regimes hídricos. 2009. 40 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal Rural da Amazônia, 2009.
SOUZA, C. C. et al. Avaliação de métodos de determinação de água disponível e manejo da irrigação em terra roxa sob cultivo de algodoeiro herbáceo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Paraíba, v. 4, p. 338-342, 2000.
SOUZA, E. B. Indicadores fisioquímicos para seleção de plantas de algodão herbáceo tolerantes à seca. 2008. 93 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2008.
SOUZA, J. G. et al. Fisiologia e produtividade do gergelim em solo com deficiência hídrica. Brasileira de Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, v. 4, p. 163-168, 2000.
SUBBARAO, G. V. Osmotic adjustment, water relations and carbohydrate remobilization in pigeonpea under water stress. Journal of Plant Physiology, Australian, v. 157, n. 6, p. 651-659, 2000.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 4. ed. Porto Alegre: Artmed. 2009. 744 p.
WEATHERLEY, P. E. Studies in the water relations of the cotton plant I: the field measurements of water deficits in leaves. New Phytologist, Cambrigde, v. 49, p. 81-97, 1950.
YEMM, E. W.; COCKING, E. F. The determination of amino acidis with ninhydrin. Analyst, London, v. 80, p. 209-213, 1955.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.