Descrição e uso de uma metodologia para avaliação dos custos da qualidade na colheita florestal semimecanizada.
DOI :
https://doi.org/10.5902/19805098373Mots-clés :
Colheita florestal, custos da qualidade, custos de falhas.Résumé
O estudo fez uma descrição e uso de uma metodologia para avaliar os custos da qualidade na colheita florestal semimecanizada. Para a descrição da metodologia detalhou-se as operações que compõem a colheita florestal; listou-se os reflexos da má qualidade em cada operação, sobre as operações subsequentes; e definiu-se entre os reflexos, aqueles que poderiam ser avaliados monetariamente para compor os custos da qualidade. Os custos da qualidade foram divididos nas categorias: custos de avaliação, prevenção e falhas. A metodologia descrita foi aplicada a um estudo de caso. Concluiu-se que a empresa não investe em avaliação e prevenção, tendo, consequentemente, os custos de falhas muito alto, chegando a R$ 1.538,19/ha, compostos, porcentualmente, por: rachamento de toras - 41,03%; erro no cálculo do volume de madeira entregue no pátio - 37,20%; desperdício de madeira no talhão - 9,53%; presença de toras finas junto às grossas - 8,48%; desperdício de madeira no aceiro - 1,49%; erro no cálculo do volume de madeira rachada - 1,35%; desperdício de madeira remanescente nas cepas - 0,51%; e presença de galhada no aceiro - 0,41%. O rachamento de toras sendo o item que mais contribuiu para os custos de falhas, merece esforços específicos para diminuição de seus custos ou mesmo eliminação da operação. Deve-se também buscar reduzir os custos dos demais itens que compõem os custos de falhas. Finalmente infere-se que, em razão dos altos custos de falhas, o investimento em qualidade é compensador. Qualquer investimento em prevenção e avaliação poderá aumentar os retornos da empresa. Quando se trabalha com recursos escassos, os desperdícios devem ser severamente evitados, pois a perda não é só da empresa, mas de toda a sociedade.Téléchargements
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