Enraizamento de <i>Sequoia sempervirens</i> (Cupressaceae) em função do padrão de miniestacas, substratos e regulador de crescimento

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509836857

Palabras clave:

Gymnospermae, Propagação vegetativa de conífera, Enraizamento adventício, AIB, Silvicultura clonal

Resumen

Sequoia sempervirens (sequoia) é uma espécie conhecida pela qualidade superior de sua madeira, sendo a produção de mudas por miniestaquia uma alternativa viável. O objetivo do trabalho foi avaliar a posição de coleta, presença ou ausência de folhas aciculares em miniestacas e a produção de mudas cultivadas em diferentes substratos e utilização de AIB. Foram utilizadas miniestacas de diferentes clones, oriundas de minijardim clonal. Para o padrão de miniestacas utilizou-se a porção lignificada, com média lignificação e pouca lignificação, na presença ou ausência de folhas aciculares, avaliando-se um clone. Em relação aos substratos, observou-se o comportamento de três clones e quatro substratos de marcas comerciais. Para o emprego de regulador de crescimento utilizou-se um clone e diferentes concentrações de AIB (0,0 a 5000 mg L-1). As miniestacas foram colocadas para enraizar em estufim e avaliadas aos 90 dias. Todos os experimentos foram instalados em delineamento inteiramente casualizado, com posterior avaliação da porcentagem de sobrevivência; porcentagem de miniestacas com calos; porcentagem de miniestacas enraizadas e número de raízes emitidas por miniestaca enraizada. Miniestacas pouco lignificadas (ápice) com folhas aciculares apresentaram os melhores resultados para sobrevivência (96%) e enraizamento (94%); miniestacas muito lignificadas sem folhas aciculares obtiveram baixo enraizamento (10%). Houve considerável variação de enraizamento entre os substratos (66 a 100%) e o número de raízes foi mais influenciado pelo clone utilizado. Os melhores resultados foram observados naqueles com componentes mais orgânicos. O emprego de AIB na miniestaquia não foi significativo para nenhuma das variáveis analisadas. Miniestacas coletadas em porções apicais e com presença de folhas aciculares mostraram-se mais indicadas para trabalhos com a espécie. Para a seleção do melhor substrato deve-se observar o efeito clonal, priorizando-se substratos com composição mais orgânica. A utilização de AIB não influenciou positivamente o enraizamento de miniestacas, não sendo recomendado o seu uso.

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Biografía del autor/a

Mariane de Oliveira Pereira, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Engenheira Florestal, Dra., Pós-Doutorado Jr (PDJ), Centro de Ciências Agroveterinárias, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões, 2090, CEP 88520-000, Lages (SC), Brasil.

Marcio Carlos Navroski, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal. Área: Silvicultura. Linha de Pesquisa: Sementes Mudas e Formação de Florestal. Professor de Melhoramento Florestal do Departamento de Engenharia Florestal UDESC

Alessandro Camargo Ângelo, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Av. Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170, Curitiba (PR), Brasil.

Gilmar Schafer, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS

Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 7712, CEP 91540-000, Porto Alegre (RS), Brasil.

Ramon Silveira de Andrade, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Engenheiro Florestal, Mestrando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões, 2090, CEP 88520-000, Lages (SC), Brasil.

Carolina Moraes, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Graduanda do Curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões, 2090, CEP 88520-000, Lages (SC), Brasil.

Gabriel de Souza, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Graduando do Curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões, 2090, CEP 88520-000, Lages (SC), Brasil.

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Publicado

2021-09-06

Cómo citar

Pereira, M. de O., Navroski, M. C., Ângelo, A. C., Schafer, G., Andrade, R. S. de, Moraes, C., & Souza, G. de. (2021). Enraizamento de <i>Sequoia sempervirens</i> (Cupressaceae) em função do padrão de miniestacas, substratos e regulador de crescimento. Ciência Florestal, 31(3), 1258–1277. https://doi.org/10.5902/1980509836857

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