Efeito da idade, sortimento e tempo de estocagem na densidade verde da madeira de <i>Pinus taeda</i> L.
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509848083Palavras-chave:
Fator de conversão, Estocagem a campo, Densidade da madeira, Umidade da madeiraResumo
O conhecimento da densidade verde é fundamental no processo de comercialização e abastecimento industrial, possibilitando a conversão entre unidades de volume e massa da madeira. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da idade da madeira, sortimentos e tempo de estocagem sobre a variação da densidade verde de toras de Pinus taeda L. Para isso, foram estudadas toras com diâmetros na ponta fina entre 8-18 cm (S1) e 18-24 cm (S2), com idade de 9 anos. Além desses dois sortimentos (S1 e S2), outros dois também foram analisados para toras com 21 anos de idade, 24-35 cm (S3) e acima de 35 cm (S4). A densidade verde da madeira foi determinada por meio da cubagem rigorosa e pesagem das toras no momento da colheita das árvores e em outras seis ocasiões, aos 7, 14, 21, 28, 60 e 90 dias de estocagem a campo. O efeito dos fatores idade, sortimento e tempo de estocagem foram verificados pelo modelo linear geral (p<0,05). Posteriormente, equações para estimativa da densidade verde foram ajustadas em função da densidade básica e diâmetro médio das toras. Os resultados demonstraram que todos os fatores considerados tiveram efeito significativo sobre a densidade verde da madeira. A madeira mais velha apresentou maiores valores para essa variável e, dentro de cada idade, a densidade verde da madeira aumentou à medida que o diâmetro das toras diminuiu. O tempo de estocagem exerceu influência apenas sobre a densidade verde dos S1 e S2 em ambas idades. As equações ajustadas mostraram resultados satisfatórios para a predição da densidade verde da madeira. Assim, conclui-se que os fatores estudados devem ser considerados em amostragens para a determinação da densidade verde da madeira e que é possível utilizar variáveis de fácil obtenção, como o diâmetro médio das toras, para a estimativa dessa variável com precisão satisfatória.
Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11941: madeira: determinação da densidade básica. Rio de Janeiro, 2003.
ALVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, Berlin, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013. DOI: 10.1127/0941-2948/2013/0507
ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE EMPRESAS FLORESTAIS. Anuário estatístico de base florestal para o estado de Santa Catarina 2019 (ano base 2018). Lages, 2019.
ATANAZIO, K. A. et al. Fator de forma artificial para Pinus taeda L. em um povoamento localizado em Enéas Marques, PR. Acta Biológica Catarinense, Joinville, v. 5, n. 1, p. 65-71, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.21726/abc.v5i1.424
COMISSÃO PARAMERICANA DE NORMAR TÉCNICAS. COPANT 460: Método de determinação da umidade. Caracas, 1972.
DOBNER JUNIOR, M.; HUSS, J.; TOMAZELLO FILHO, M. Wood density of loblolly pine trees as affected by crown thinning and harvest age in southern Brazil. Wood Science and Technology, New York, v. 52, n. 2, p. 465-485, 2018. DOI: 10.1007/s00226-017-0983-9
CARVALHO, F. D. et al. Sistema de visão toros. In: ENCONTRO NACIONAL TECNICELPA, 13., 1992, Estoril. Anais [...]. Estoril: [s. n.], 1992.
COUTO, H. T. Z.; BASTOS, N. L. M. Fator de empilhamento para plantações de Eucalyptus no Estado de São Paulo. IPEF, Piracicaba, n. 38, p. 23-27, 1988.
FERREIRA, M. C.; FERNANDES, P. S.; SARAIVA FILHO, J. C. Variação na umidade da madeira de eucalipto estocada em pátios industriais. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 4., 1982. Belo horizonte. Anais [...]. Belo Horizonte: SBS; IBDF; CNPq; FINEP, 1983. p. 779-781.
GARBE, E. A. Fatores influentes na secagem convencional de Pinus taeda com ênfase em trincas superficiais. 2006. Monografia (Curso de Engenharia Industrial Madeireira) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2006.
HENNESSEY, T. C. et al. Long-term growth and ecophysiological responses of a southeastern Oklahoma loblolly pine plantation to early rotation thinning. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 192, n. 1, p. 97-116, abr. 2004. DOI: 10.1016/j.foreco.2004.01.008
INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES. Relatório Anual 2021 (Ano base 2020). Brasília, 2021. 93 p.
JESUS, D. S.; SILVA, J. S. Variação radial de propriedades anatômicas e físicas da madeira de eucalipto. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 37, n. 1, p. 1-13, 2020. DOI: 10.35977/0104-1096.cct2020.v37.26476
JUIZO, C. G. F. et al. Variação radial das propriedades físicas da madeira de Pinus patula plantados em Moçambique. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, v. 35, n. 83, p. 285-292, jul./set. 2015. DOI: 10.4336/2015.pfb.35.83.771
KOHLER, S. V. et al. Evolution of tree stem taper in Pinus taeda stands. Ciência Rural, Santa Maria, v. 46, n. 7, p. 1185-1191, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20140021
LADRACH, W. E. Control of wood properties in plantations. In: IUFRO WORLD CONGRESS 18., 1986, Ljubljana. Proceedings [...]. Ljubljana: IUFRO Organizing Committee, 1986. p. 369-379.
MACHADO, S. A. et al. Evolução das variáveis dendrométricas da bracatinga por classe de sítio. Cerne, Lavras, v. 21, n. 2, p. 199-207, 2015. DOI: 10.1590/01047760201521021222
MACHADO, S. A.; FIGUEIREDO FILHO, A. Dendrometria. 2. ed. Guarapuava: UNICENTRO, 2014. 316 p.
MATTOS, B. D. et al. Variação axial da densidade básica da madeira de três espécies de gimnospermas. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 6, n. 1, p. 121-126, 2011.
MIRANDA, Z. P. et al. Volume increment modeling and subsidies for the management of the tree Mora paraensis (Ducke) Ducke based on the study of growth rings. Trees, [s. l.], v. 32, p. 277-286, 2017. DOI: 10.1007/s00468-017-630-7
NÚÑEZ, C. E. Relaciones de Conversión entre densidad básica y densidad seca de Madera. Revista Ciência e Tecnologia, Campinas, v. 9, n. 7, p. 44-50, 2007.
OLIVEIRA, E. B. et al. Determinação da Quantidade de Madeira, Carbono e Renda da Plantação Florestal. Colombo: Embrapa Floresta, 2011. 39 p. (Embrapa Florestas. Documentos, 220). Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/40634/1/Doc220.pdf. Acesso em: 15 ago. 2021.
PERTUZZATTI, A. et al. Influência do diâmetro das toras na secagem ao ar livre de Eucalyptus globulus Labill. Ciência da Madeira, Pelotas, v. 4, n. 2, p. 191-201, nov. 2013. DOI: 10.12953/2177-6830.v04n02a05
PIMENTEL-GOMES, F. Curso de estatística experimental. 15. ed. Piracicaba: Fealq, 2009. 451 p.
PLUMB, O. A.; BROWN, C. A.; OLMSTEAD, B. A. Experimental measurements of heat and mass transfer during convective drying of southern pine. Wood Science and Technology, New York, v. 15, n. 3, p. 189-199, 1984.
SOUZA, R. C. et al. Efeito da idade e da posição radial na densidade básica e dimensões dos traqueídeos da madeira de Pinus taeda L. Revista Instituto Florestal, [s. l.], v. 19, n. 2, p. 119-127, 2007.
SUSIN, F. et al. Taxa de secagem e qualidade da madeira serrada de Hovenia dulcis submetida a dois métodos de secagem. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 22, n. 2, p. 243-250, 2014. DOI:10.4322/floram.2014.016
TASISSA, G.; BURKHART, H. E.; BROOKS, T. M. Juvenile-mature wood demarcation in loblolly pine trees. Wood and Fiber Science, Madison, v. 30, p. 119-127, abr. 1998.
TRIANOSKI, R. et al. Variação longitudinal da densidade básica da madeira de espécies de pinus tropicais. Floresta, Curitiba, v. 43, n. 3, p. 503-510, 2013.
TSOUMIS, G. Science and technology of wood structure, properties, utilization. New York: Chapman & Hall, 1991. 494 p.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ciência Florestal
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.