AMOSTRAGEM DE DISCOS E USO DE EQUAÇÕES PARA ESTIMAR A DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA EM DIVERSAS FITOFISIONOMIAS

Autores

  • Gabriel Marcos Vieira Oliveira
  • José Márcio de Mello
  • João Domingos Scalon
  • José Roberto Soares Scolforo
  • Thiago Campos Monteiro

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509835127

Palavras-chave:

modelagem, posição longitudinal, folhosas, inventário florestal.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi determinar o número adequado de discos de madeira, as melhores posições de amostragem, ao longo do fuste e propor equações que permitam estimar a densidade básica da madeira de árvores, a partir de um número reduzido de discos, em diversas fisionomias florestais, para subsidiar estimativas de biomassa. Os dados de cubagem rigorosa das árvores foram obtidos no Inventário Florestal de Minas Gerais, advindas de 1.325 árvores, distribuídas em regiões, classes de diâmetro e altura e em diversas fisionomias florestais. De cada árvore foram retirados cinco discos de madeira nas posições 0 (A), 25 (B), 50 (C), 75 (D) e 100% (E) da altura comercial. A densidade básica da madeira de cada disco foi determinada, conforme a ABNT NBR 11.941 (2003), e a densidade geral do fuste, a partir da média aritmética entre as densidades dos discos. Os dados foram analisados, com base na análise de regressão, critério de informação de Akaike, erro padrão da estimativa e análise gráfica de resíduos. Os resultados indicaram que, em geral, a melhor posição de amostragem, para estimativa da densidade básica da madeira do fuste com apenas um disco, deve ser efetuada na metade do fuste principal, com dois discos nas posições 25 e 75% da altura e com três discos nas posições 0, 50 e 100% da altura do fuste. Observou-se, também, que a melhor estimativa da densidade básica do fuste sempre será dada por aquela com maior número de discos, entretanto, é possível estimar com alta precisão a densidade do fuste com menor número de discos, desde que amostrados em posições específicas do fuste e inseridos nas equações propostas de acordo com cada fitofisionomia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGNES, C. C. et al. Fatores ecológicos condicionantes da vegetação do cerradão. Caderno de Pesquisa: Série Biologia, Santa Cruz do Sul, v. 19, n. 3, p. 25-37, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11941: Madeira - Determinação da densidade básica. Rio de Janeiro, 2003.

BENJAMIN. C. A.; BALLARIN, A. W. Avaliação da precisão de amostras retiradas ao longo do fuste das árvores na determinação da densidade básica da madeira de populações florestais. In: ENCONTRO BRASILEIRO EM MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE MADEIRAS, 10., 2006, São Pedro. Anais... São Pedro: Unesp, 2006. p. 1-15.

CHARNET, R. et al. Análise de modelos de regressão linear com aplicações. São Paulo: Unicamp, 1999. 354p.

FEARNSIDE, P. M. Quantificação do serviço ambiental do carbono nas florestas amazônicas brasileiras. Oecologia Brasiliensis, Rio de Janeiro, v. 12, n. 4, p. 743-756, 2008.

FRANCO, E. J. et al. Eficiência na estimativa do peso seco para árvores individuais e definição do ponto ótimo de amostragem para determinação da densidade básica de Eucalyptus camaldulensis. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 8, n. 1, p. 77-92. 1998.

GUJARATI, D.; PORTER, D. C. Econometria básica. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. 924 p.

NOGUEIRA, E. M. et al. Wood density in forests of Brazil’s ‘arc of deforestation’: Implications for biomass and flux of carbon from land-use change in Amazonia. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 248, p. 119-135, 2007.

NOGUEIRA, E. M.; NELSON, B. W.; FEARNSIDE, P. M. Wood density in dense forest in central Amazonia, Brazil. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 208, p. 261-286, 2005.

OLIVEIRA, G. M. V. et al. Efeito do Ambiente sobre a Densidade da Madeira nas Fitofisionomias no Estado de Minas Gerais. Cerne, Lavras, v. 18, n. 2, p. 345-352, abr./jun. 2012.

PÁDUA, F. A.; TRUGILHO, P. F.; LIMA, J. T. Amostragem da madeira para avaliação da densidade básica em Eucalyptus. In: ENCONTRO BRASILEIRO EM MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE MADEIRAS, 10., 2006, São Pedro. Anais... São Pedro: Unesp, 2006. p. 1-9.

R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: a language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing, 2012.

RIGATTO, P. A.; DEDECEK, R. A.; MATOS, J. L. M. Influência dos atributos do solo sobre a qualidade da madeira de pinus taeda para produção de celulose kraft. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 28, n. 2, p. 267-273, 2004.

RODRIGUES, L. A. et al. Florística e estrutura da comunidade arbórea de um fragmento florestal em Luminárias, MG. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 17, p. 71-97, 2003.

ROQUE, R. M.; TOMAZELLO FILHO, M. Variação radial da estrutura anatômica do lenho de árvores de Gmelina arborea em diferentes condições de clima e de manejo na Costa Rica. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 37, n. 83, p. 273-285, set. 2009.

SANQUETTA, C. R. Métodos de determinação de biomassa florestal. In: SANQUETTA, C. R. et al. (Ed.). As florestas e o carbono. [s. l.: s. n.], 2002. p. 119-140.

SCOLFORO, J. R. S. et al. Estimativas de volume, peso seco, peso de óleo e quantidade de moirões para a candeia (Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish). Cerne, Lavras, v. 10 n. 1, p. 87-102, jan./jun. 2004.

SCOLFORO, J. R. S.; OLIVEIRA A. D.; ACERBI JÚNIOR, F. W. Inventário florestal de Minas Gerais: equações de volume, peso de matéria seca e carbono para diferentes fisionomias da flora nativa. Lavras: Editora UFLA, 2008. p. 216.

SILVEIRA, P. Estimativa da biomassa e carbono acima do solo em um fragmento de floresta ombrófila densa utilizando o método da derivação do volume comercial. Floresta, Curitiba, v. 40, n. 4, p. 789-800, out./dez. 2010.

SILVEIRA, P. et al. O estado da arte na estimativa de biomassa e carbono em formações florestais. Floresta, Curitiba, v. 38, n. 1, jan./mar. 2008.

TRUGILHO, P. F. Densidade básica e estimativa de massa seca e de lignina na madeira em espécies de Eucalyptus. Ciência e agrotecnologia, Lavras, v. 33, n. 5, p. 1228-1239, set./out. 2009.

VALE, T.; MARTINS, I. S.; ARAÚJO, W. L. O. Estudo da densidade de três espécies do cerrado. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 16, n. 2, p. 209-217, maio/ago. 1992.

VIEIRA, G.; SANQUETTA, C. R.; BARBEIRO, L. S. S. Estoque individual de biomassa e carbono em Nectandra grandiflora Nees (canela-amarela). Floresta, Curitiba, v. 39, n. 3, p. 547-554, jul./set. 2009.

VILLAR, P. et al. Stem xylem features in three Quercus (Fagaceae) species along a climatic gradient in NE Spain. Trees Structure and Function, [s. l.], v. 12, n. 2, p. 90-96, 1997.

VISMARA, E. S. Mensuração da biomassa e construção de modelos para construção de equações de biomassa. 2009. 102 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2009.

WOLFINGER, R. Covariance structure selection in general mixed models. Communications in Statistics - Simulation, Ontario, v. 22, n. 4, p. 1079-1106, 1993.

WOODCOCK, D.W. Wood specific gravity of trees and forest types in the Southern Peruvian Amazon. Acta Amazonica, Manaus, v. 30, n. 4, p. 589-599, 2000.

Downloads

Publicado

16-12-2018

Como Citar

Oliveira, G. M. V., Mello, J. M. de, Scalon, J. D., Scolforo, J. R. S., & Monteiro, T. C. (2018). AMOSTRAGEM DE DISCOS E USO DE EQUAÇÕES PARA ESTIMAR A DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA EM DIVERSAS FITOFISIONOMIAS. Ciência Florestal, 28(4), 1615–1626. https://doi.org/10.5902/1980509835127

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>