Possibilidade de ganho de fuste em espécies euxilóforas nativas da região central do Rio Grande do Sul.
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050981747Palavras-chave:
altura comercial das árvores, desrama, formação do fuste, valor da florestaResumo
O presente trabalho foi desenvolvido com o intuito de observar e quantificar a possibilidade de ganho de fuste em cinco espécies euxilóforas (Angico (Parapiptadenia rigida), Canjerana (Cabralea canjerana), Cedro (Cedrela fissilis), Grápia (Apuleia leiocarpa), e Louro (Cordia trichotoma) em matas nativas, não-manejadas, de São João do Polêsine, RS. Foram levantadas 17 parcelas temporárias de 10 x 100 m nas matas nativas do município. Nas árvores das cinco espécies eleitas para este estudo, que apresentavam diâmetro à altura do peito (dap) superior a 5 cm, foram medidas a altura total, a altura comercial atual e a altura comercial potencial dos troncos. O ganho de fuste foi definido como a diferença entre a altura comercial atual e potencial, em relação à altura comercial atual e expresso em porcentagem. O percentual médio de ganho de fuste para todas as espécies em conjunto foi superior a 70%. O Louro mostrou um ganho de fuste significativamente menor que as demais espécies. Mediante a análise de regressão (stepwise), selecionou-se modelos matemáticos que melhor descrevem o ganho de fuste de cada espécie e das espécies em conjunto. Os resultados mostraram que existe um potencial para o aumento do valor das formações florestais nativas da região, ainda não-explorado por ações silviculturais.
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