Modelo linear misto para o incremento em área basal de árvores individuais de cedro (<i>Cedrela odorata</i> L.) na Amazônia ocidental, Brasil

Autores

  • Thiago Augusto da Cunha Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • César Augusto Guimarães Finger
  • Paulo Renato Schneider

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509810557

Palavras-chave:

modelo misto, mínimos quadrados generalizados, morfometria da árvore, índice de competição

Resumo

 

http://dx.doi.org/10.5902/1980509810557

Dados confiáveis de crescimento de árvores são importantes para o manejo florestal. Características da árvore como o tamanho, arquitetura da copa e índices de competição, associados aos dados de crescimento da árvore são utilizados com freqüência como variáveis preditoras. Entretanto, a efetividade desse tipo de variáveis na modelagem do crescimento de árvores tropicais é pouco conhecida. Nesta pesquisa, reconstruímos o incremento periódico em área basal (IPG) de árvores individuais deCedrela odorata,amostradas na floresta Amazônica, para desenvolver um modelo de crescimento utilizando preditores potenciais como: (1) tamanho da árvore; (2) dados morfométricos; (3) competição; (4) posição sociológica e infestação de lianas na copa. Apesar da alta variação no tamanho da árvore e no crescimento, observamos que estas variáveis descrevem muito bem o IPG em nível de árvore individual. O modelo misto ajustado apresentou alta eficiência (R2=92.7 %) e estimou para três anos o IPG com casca em árvores com diâmetro a altura do peito variando desde 10 a 110 cm. A altura total, grau de esbelteza e formal de copa demonstraram elevada influência no crescimento em área basal e explicaram a maior parte da variação no crescimento (R2 parcial=87.2%). Variáveis de competição apresentaram influência negativa no IPG, entretanto, explicaram cerca de 7% da variação total. A introdução do parâmetro aleatório no modelo de regressão (modelo misto) conduziu a uma melhor aproximação aos dados observados (acurácia) com predição mais realística quando comparado ao modelo fixo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALDER, D.; SYNNOTT, T. J. Permanent sample plot techniques for mixed tropical forests.. Oxford Forestry Institute, 1992. 124 p. (Tropical Forestry Papers; n. 25),

ASSMANN, E. The Principles of Forest Yield Study. New York: Pergamon Press, 1970. 506 p.

BIGING, G. S.; DOBBERTIN, M. Evaluation of competition indices in individual tree growth models. Forest Science, Bethesda, v. 41, p. 360-377, 1995.

BUDHATHOKI, C. B.; LYNCH, T. B.; GULDIN, J. M. Nonlinear mixed modeling of basal area growth for shortleaf pine. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 255, p. 3440-3446, 2008.

CALAMA, R.; MONTERO, G. Multilevel Linear Mixed Model for Tree Diameter Increment in Stone Pine (Pinus pinea): a calibrating approach. Silva Fennica, Helsinki, v. 39, p. 37-54, 2005.

CHOI, J. et al. A crown model for simulating long-term stand and gap dynamics in northen hardwood forests. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 152, p. 235-258, 2001.

CUNHA, T. A. Modelagem do incremento de árvores individuais de Cedrela odorata L. na floresta amazônica. 2009. 89 p. Dissertação (Mestrado em Manejo Florestal) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009.

DAVIES, O.; POMMERENING, A. The contribution of structural indices to the modelling of Sitka spruce (Picea sitchensis) and birch (Betula spp.) crowns. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 256, p. 68-77, 2008.

DAWKINS, H. C. Crown diameters: their relationship to bole diameter in tropical trees. Commonwealth Forest Review, Abingdon, v. 42, p. 318-333, 1963.

DURLO, M. A.; DENARDI, L. Morfometría de Cabralea canjerana, em mata secundária nativa do Rio Grande do Sul, Ciência florestal, Santa Maria, v. 8, p. 55-66, 1998.

DURLO, M. A.; MARCHIORI, J. N. C.; SPATHELF, P. Perspectivas do manejo florestal por árvores singulares, Ciência e Ambiente, Santa Maria, v. 20, p. 71-82, 2000.

ESBER, M. L. Crescimento de Cedrela fissilis (Vellozo) Mart. como subsídio para o manejo florestal sustentado de florestas nativas no Estado do Rio Grande do Sul. 2003. 88 p. Dissertação (Mestrado em Manejo Florestal) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2003.

FOX, J. C., BI, H.; ADES, P. K. Modelling spatial dependence in an irregular natural forest, Silva Fennica, Helsinki, v. 42, p. 35-48, 2008.

FOX, J. C.; ADES, P. K.; BI, H. Stochastic structure and individual-tree growth models. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 154, p. 261-276, 2001.

GONÇALVES, S.; MEDDAHI, N. Box-Cox transformation for realized volatility. Journal of Econometrics. doi: 10.1016/j.jeconom.2010.03.026. 2010.

GRAUEL, W. T.; PUTZ, F. E. Effects of lianas on growth and regeneration of Prioria copaifera in Darien, Panama. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 190, p. 99-108, 2004.

HASENAUER, H.; MONSERUD, R. A. A crown ratio model for Austrian forests. Forest Ecology and management, Amsterdam, v. 84, p. 49-60, 1996.

HOLDRIDGE, L. R. Ecología basada en zonas de vida. San José: Instituto Interamericano de Ciencias Agrícolas, 1978.

HOLMES, M. J.; REED, D. D. Competition indices for mixed species Northern Hardwoods. Forest Science, Bethesda, v. 37, p. 1338-1349, 1991.

IMAC – INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DO ACRE. Atlas geográfico ambiental do Acre. IMAC, Rio Branco, 1991.

KAINER, K. A. et al. Liana loads and their association with Bertholletia excelsa fruit and nut production, diameter growth and crown attributes. Journal of Tropical Ecology, Winchelsea, v. 22, p. 147-154, 2006.

LADWIG, L. M.; MEINERS, S. J. Impacts of temperete lianas on tree growth in young deciduous forest. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 259, p. 195-200, 2009.

LAPPI, J. A longitudinal analysis of height/diameter curves. Forest Science, Bethesda, v. 43, p. 555-570, 1997.

MCCRADY, R. L.; JOKELA, E. J. Canopy dynamics, light interception, and radiation use efficiency of selected loblolly pine families. Forest Science, Bethesda, v. 44, p. 64-72, 1998.

METCALF, C. E.; CLARK, J. S.; CLARK, D. A. Tree growth inference and prediction when the point of measurement changes: modelling around buttresses in tropical forests. Journal of Tropical Ecology, Winchelsea, v. 25, p. 1-12, 2008.

MITSUDA, Y.; ITO, S.; TAKATA, K. Effects of competitive and cooperative interaction among neighboring trees on tree growth in a naturally regenerated even-aged Larix sibirica Stand in considering height stratification. Journal of Forest Research, v. 7, p. 185-191, 2002.

MONSERUD, R.; STERBA, H. A basal area increment model for individual trees growing in even-and-uneven-aged forest stands in Austria. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 80, p. 57-80, 1996.

PUKKALA, T.; KANGAS, J. A method for integrating risk and attitude toward risk into forest planning, Forest Science, Bethesda, v. 42, p. 198-205, 1996.

QUICKE, H. E.; MELDAHL, R. S.; KUSH, J. S. Basal area growth of individual trees: a model derived from a regional longleaf pine growth study. Forest Science, Bethesda, v. 40, p. 28-42, 1994.

RINN, F. TSAP-Win, Version 4.64, reference manual: Time Series Analysis and Presentation Dendrochronology and Related Applications. Heidelberg, 2003. 110 p.

SANCHEZ-GONZALES, M.; DEL RIO, M.; CAÑELLAS, I.; MONTERO, G. Distance independent tree diameter growth model for cork oak stands. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 225, p. 262-270, 2006.

SAS/STAT. SAS Institute Inc., Cary, NC, 2007.

SILVA, R. P. da et al. Diameter increment and growth patterns for individual tree growing in Central Amazon, Brazil. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 166, p. 295-301, 2002.

SINGER, J. Using SAS PROC MIXED to fit multilevel models, Hierarchical models, and Individual growth models. Journal of Education and Behavioral Statistics, v. 24, p. 323-355, 1998.

STERBA, H.; BLAB, A.; KATZENSTEINER, K. Adapting an individual tree growth model for Norway Spruce (Picea abies L. Karst.) in pure and mixed species stands. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 159, p. 101-110, 2002.

STOKES, M. A., AND T. L. SMILEY. An Introduction to Tree-Ring Dating. Tucson: The University of Arizona Press, 1996. p. 73.

VANCLAY, J. K. Growth-models for tropical forests: a synthesis of models and methods. Forest Science, Bethesda, v. 41, p. 7-42, 1995.

VANCLAY, J. K. Modelling Forest Growth and Yield. Wallingford: CAB International, 1994. 380 p.

VANCLAY, J. K.; SKOVSGAARD, J. P. Evaluating forest growth models, Ecological Modeling, v. 98, p. 1-12, 1997.

WEST, P. W. Application of regression analysis to inventory data with measurements on successive occasions. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 71, p. 227-234, 1995.

WYKOFF, W. R. A basal area increment model for individual conifers in northern Rocky mountains. Forest Science, Bethesda, v. 36, p. 1077-1104, 1990.

XIAO, Y.; JOKELA, E. J.,; WHITE, T. L. Species differences in crown structure and growth performance of juvenile loblolly and slash pine. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 174, p. 295-313, 2003.

ZEE – ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO ACRE. Recursos Naturais e Meio Ambiente. Rio Branco: Secretaria de estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, 2000.

Downloads

Publicado

30-08-2013

Como Citar

Cunha, T. A. da, Finger, C. A. G., & Schneider, P. R. (2013). Modelo linear misto para o incremento em área basal de árvores individuais de cedro (<i>Cedrela odorata</i> L.) na Amazônia ocidental, Brasil. Ciência Florestal, 23(3), 461–470. https://doi.org/10.5902/1980509810557

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 5 6 7 8 9 10 11 > >>