Germinação e formação de plântulas de Plantago tomentosa Lam. (Plantaginaceae) in vitro: influência das concentrações do meio MS
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X71895Palavras-chave:
Propriedades bioativas, Medicina popular, Propagação por sementesResumo
Plantago tomentosa Lam. (Plantaginaceae) é uma planta herbácea nativa do Brasil amplamente utilizada na medicina popular. A espécie tem potencial de uso na indústria farmacêutica e alimentícia por suas possíveis propriedades bioativas e presença de mucilagem nas sementes. O objetivo do estudo foi verificar a influência de diferentes concentrações de meio Murashige-Skoog (MS) na germinação e formação de plântulas in vitro de P. tomentosa. As sementes foram coletadas em Lajeado, desinfestadas e inoculadas em frascos com meio MS acrescido de 7 g L-1 de ágar e 30 g L-1 de sacarose, em quatro tratamentos: 25%, 50%, 75% e 100% da concentração do meio. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, composto por 17 repetições de dez sementes para cada tratamento. A avaliação da germinação e de sementes formadas foi realizada a cada dois dias para a determinação das variáveis de porcentagem de germinação (PG), tempo médio de germinação (TMG), índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de formação de plântulas (PFP), tempo médio de formação de plântulas (TMFP) e índice de velocidade de formação de plântulas (IVFP). Não houve diferença significativa entre os tratamentos para todas as variáveis estudadas. Conclui-se que o uso da concentração de 25% do meio MS é viável, pois promoveu alto porcentual de germinação e formação de plântulas e em intervalo de tempo semelhante ao das demais concentrações, com a vantagem de utilizar menos reagentes.
Downloads
Referências
Albuquerque, M. M. S., Brito, A. L., Lima, A. P. P. S., Alvim, B. F. M., & Santana, J. R. F. (2016). In vitro establishment of Comanthera curralensis, “sempre viva” native of Chapada Diamantina – Bahia. Ciência Rural, Santa Maria, 46(6), 991-995. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20131091
Amato-Lourenço, L. S., Rainieri, G. R., Souza, V. C. O., Barbosa Junior, F., Saldiva, P. H. N., & Mauad, T. (2020). Edible weeds: Are urban environments fit for foraging? Science of the Total Environment, Amsterdam, 698. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2019.133967
Bareke T. (2018). Biology of seed development and germination physiology. Advances in Plants and Agricultural Research, Edmond, 8(4), 336‒346. DOI: https://doi.org/10.15406/apar.2018.08.00335
Baskin, C. C., & Baskin, J. M. (2014). Seeds: Echology, Biogeography, and Evolution of Dormancy and Germination. 2 ed. Cambridge: Elsevier Academic Press.
Bewley, J. D., Bradford, K. J., Hilhorst, H. W. M., & Nonogaki, H.(2013). Seeds: Physiology of Development, Germination and Dormancy. 3 ed. Berlim: Springer, 2013. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4614-4693-4
Bolson, M., Hefler, S. R., Chaves, E. I. D., Gasparotto Junior, A., & Cardozo Junior, E. L. (2015). Ethno-medicinal study of plants used for treatment of human ailments, with residents of the surrounding region of forest fragments of Paraná, Brazil. Journal of Ethnopharmacology, Amsterdam, 161, 1-10. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2014.11.045
Braga, K. Q., Coimbra, M. C., & Castro, A. H. F. (2015). In vitro germination, callus induction and phenolic compounds contents from Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers. Acta Scientiarum. Biological Sciences, Maringá, 37(2), 151-158. DOI: https://doi.org/10.4025/actascibiolsci.v37i2.26067
Cowley, J. M., & Burton, R. A. (2021). The goo-d stuff: Plantago as a myxospermous model with modern utility. New Phytologist, Hoboken, 229, 1917-1923. DOI: https://doi.org/10.1111/nph.17095
Davies Jr., F. T., Geneve, R. L., Wilson, S. B. (2018). Hartmann & Kester’s Plant propagation: principles and practices. 9a ed. USA: Pearson Education.
Deng, W., Hallett, P. D., Jeng, D. S., Squire G. R., Toorop, P. E., & Iannetta, P. P. (2014). The effect of natural seed coatings of Capsella bursapastoris L. Medik. (shepherd’s purse) on soil-water retention, stability and hydraulic conductivity. Plant Soil, Berlim, 387 (1-2), 167-176. DOI: https://doi.org/10.1007/s11104-014-2281-8
Dousseau, S., Alvarenga, A. A., Arantes, L. O., Oliveira, D. M., & Nery, F. C. (2008). Germinação de sementes de tanchagem (Plantago tomentosa Lam.): influência da temperatura, luz e substrato. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, 32(2), 438-443. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-70542008000200014
Duarte, M.G.R., Aparecida, I., Soares, A., Brandão, M., Lisieux, R., Jácome, P., & Silva, C.R.F. (2002). Perfil fitoquímico e atividade antibacteriana in vitro de plantas invasoras. Revista Lecta, Bragança Paulista, 20(2), 177-182.
Gadheri-Far, F., Alimagham, S. M., Kameli, A. M., & Jamali, M. (2012). Isabgol (Plantago ovata Forsk) seed germination and emergence as affected by environmental factors and planting depth. International Journal of Plant Production, Gorgan, 6(2).
Grattapaglia, D., & Machado, M. A. (1998). Micropropagação. In: Torres, A. C., Caldas, L. S., Buso, J. A. (Ed.). Cultura de tecidos e transformação de genética de plantas. Brasília, DF: EMBRAPA-SPI: EMBRAPA-CNPH, 1, 183-260.
Hassemer, G.(2020). Plantago tomentosa (Plantaginaceae), not P. virginica naturalised in South Africa: First records of this species outside South America. South African Journal of Botany, Amsterdam, 131, 56-63. DOI: https://doi.org/10.1016/j.sajb.2020.02.012
Hefler, S. M., Rodrigues, W. A.,& Cervi, A. C. (2011). O gênero Plantago (Plantaginaceae) na região sul do Brasil. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, 9(3), 297-321.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Ciência e Natura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.
